O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quarta-feira (16) críticas às greves de funcionários públicos. Durante evento de assinatura de contratos do Programa "Minha Casa Minha Vida", em Manaus, Lula disse que os grevistas não têm direito a pagamento por dias parados.
"Eu fazia assembleia com 100 mil trabalhadores e nunca aceitei que recebesse os dias parados. Porque greve é guerra, não é férias. (...) Eu tinha coragem de entrar na greve e tinha coragem de terminar a greve", afirmou o presidente. Segundo Lula, atualmente os lideres grevistas contratam pessoas para tocar corneta e protestar.
"Você sabe que mudou o negócio de greve. Hoje as pessoas contratam o cara para colocar faixa, contrata o cara com corneta e vuvuzela, e contrata outro para soltar rojão", criticou. Em maio, Lula reuniu mais de dez ministros do governo e dirigentes de órgãos públicos para pedir que eles endureçam com servidores em greves. Na ocasião, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que não haverá reajuste salarial neste ano.
Casas populares
Durante anuncio da contratação de 3,5 mil moradias no estado do Amazonas, Lula pediu que as casas tenham qualidade. "Queria dizer à companheira Maria Fernanda [presidente da Caixa Econômica] que temos que tomar cuidado com a qualidade das casas", disse.
O presidente pediu balcão para os apartamentos populares e acabamento para as casas construídas no âmbito do programa. Lula também reclamou da burocracia para a execução de obras no país. Segundo o presidente a "maquina está parada". De acordo com Lula, a culpa para os entraves na concessão de crédito e finalizaçao de projetos é dos legisladores.
"O culpado somos nós, porque quando a gente está no Congresso a gente acha que pode tudo.
A máquina está parada. A gente buzina, faz fumaça e a máquina esta lá", disse.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”