• Carregando...

Curitiba – A greve dos mais de 3 MIL funcionários da Dataprev – empresa estatal de processamento de dados e tecnologia da Previdência Social – deve chegar ao fim hoje em todo Brasil.

A reunião entre o comando de greve e representantes da empresa, na tarde de ontem, em Brasília, terminou com um entendimento entre as partes.

Segundo Eduardo Cordeiro Nascimento, membro do comando grevista dos funcionários da Dataprev em Curitiba, a proposta de aumento salarial real de 1,12% foi a grande novidade da reunião de ontem. "Consideramos esse porcentual obtido como um avanço", explica.

Os funcionários da Dataprev são responsáveis pelo processamento da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS. Por isso, se eles não voltarem ao trabalho, há risco de atraso no pagamento de 23,5 milhões de benefícios no país (sendo 1,32 milhão no Paraná). Dos 75 técnicos do Dataprev no estado, apenas dois vinham prestando o serviço considerado essencial.

Reajuste

Além do 1,12% de aumento real, os trabalhadores terão um reajuste de 8,07% para reposição da inflação, mais R$ 17 de tíquete-refeição.

Logo após o término do encontro, o comando de greve, que reúne representantes dos estados, iniciou a apreciação do fim do indicativo de greve. O resultado do indicativo, que deveria ser conhecido no fim da noite de ontem, será levado às assembléias estaduais na manhã de hoje. "A tendência é de que a decisão tomada em Brasília seja ratificada nos estados", explica Eduardo. Se optarem pelo fim da paralisação, os trabalhadores prometem retomar o trabalho normalmente a partir de amanhã. "Se a greve acabar, a unidade será mantida, e 100% dos trabalhadores retornam."

Super-Receita

Os grevistas da Dataprev são contrários ainda à MP 258 que criou a Super-Receita, unificando as secretarias da Previdência e da Receita Federal.

Porém, de acordo com Nascimento, essa é uma discussão a ser feita em outra oportunidade.

"Acreditamos que misturar contribuição social e arrecadação de impostos é ruim para os pensionistas em geral. Mas isso tem de ser debatido em outro momento".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]