Os servidores fizeram uma marcha pela Esplanada dos Ministérios e seguiram para o Ministério do Planejamento| Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Ao mesmo tempo que a presidente Dilma Rousseff anunciava na manhã desta quarta-feira (15) o pacote de investimentos em ferrovias e rodovias do Programa de Investimentos em Logística, com projeção de valor total de R$ 133 bilhões, grevistas faziam uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Os servidores fizeram uma marcha pela Esplanada dos Ministérios e seguiram para o Ministério do Planejamento, onde ocorrem reuniões com as categorias em greve.

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No começo da tarde, os manifestantes seguiram para a frente ao Supremo Tribunal Federal (SFT), onde está em curso o julgamento do mensalão e romperam barreiras colocadas à frente da Corte.

Cerca mil manifestantes ocupam a frente do Palácio do Planalto, segundo a Polícia Militar (PM). Eles invadiram a pista em frente ao Palácio, e chegaram a ameaçar derrubar a grade colocada em frente ao prédio. Dezenas de policiais militares formam um cordão de isolamento e cerca de 30 membros do Batalhão de Choque, alguns com cães, estão na rampa do Palácio. Os manifestantes carregam faixas exaltando a greve do Judiciário e do Ministério Público, além de várias faixas de associações de aposentados. Há também alguns cartazes de "Fora Dilma" e "Fora PT". A central sindical Conlutas, ligada ao PSOL, é uma das mobilizadoras da manifestação.

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No Ministério do Planejamento, não há acordo com o governo em torno de uma proposta de reajuste salarial, e os servidores públicos federais prometem um dias de caos nesta quinta-feira, nos portos, aeroportos e fronteiras. Depois de participar de uma reunião no ministério, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Wink, disse que a categoria realizará operação-padrão amanhã e no dia seguinte.

"Nós já havíamos feito operação-padrão. Na medida em que o ministro da Justiça entrou no debate, desde sexta-feira não fizemos operação-padrão. Mas, com a informação que recebemos hoje, há uma frustração da categoria e isso certamento nos empurra para a operação em todo o Brasil. Com certeza, será uma quinta-feira problemática, uma quinta-feira negra", afirmou Wink.

Segundo ele, o secretário de Relações do Trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça, sinalizou com uma possibilidade de negociação com os agentes da PF para dois ou três anos, sem, no entanto, falar sobre o índice de aumento. O governo marcou um encontro para a próxima terça-feira com a categoria. "A gente aceita esse tipo de negociação, mas é fundamental que as nossas atribuições sejam corrigidas e o governo nos coloque nos patamares das carreiras de nível superior", disse o sindicalista, que representa os agentes, escrivães, e papiloscopistas da PF. A categoria reivindica um aumento salarial de até 30% e reestruturação da carreira.

Desde às 14h20m desta tarde o secretário de Relações do Trabalho está reunido com servidores técnico-administrativos das universidades e instituições federais de ensino. Esses trabalhadores rejeitaram a oferta de aumento de 15,8%, parcelado em três anos, feita na semana passada pelo governo, e disseram que só aceitam esse índice se ele for pago integralmente em 2013. A categoria quer possibilidade de um aumento de 25% parcelado em três anos, semelhante ao oferecido aos professores.

Pela manhã, os grevistas chegaram a fechar completamente o trânsito prejudicando o tráfego na Esplanada. Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), 12 mil pessoas participaram do movimento representando mais de 30 setores do funcionalismo paralisados. A assessoria de comunicação da PM, que inicialmente não havia divulgado estimativa, informou que a contagem oficial da corporação é que 5 mil pessoas marcharam pela Esplanada.

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