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Milhares de pessoas participaram da edição deste ano do Grito dos Excluídos, um protesto contra a desigualdade, a corrupção na política e o modelo econômico. A maior concentração foi em Aparecida do Norte , onde cerca de 80 mil pessoas participaram do protesto na Basílica de Aparecida, a 160 km de São Paulo. No Centro de São Paulo, pelo menos mil pessoas participaram de uma missa e saíram em caminhada até o Museu do Ipiranga.

Em Brasília, cerca de mil pessoas integraram o protesto segundo os organizadores, ou 500 pelos cálculos da Polícia Militar. No Rio, a polícia tentou impedir, mas acabou liberando a participação das cerca de 100 pessoas do "Grito dos Excluídos" na Parada de Sete de Setembro. O grupo encerrou o desfile na cidade. Em Porto Alegre, o evento reuniu cerca de cinco mil pessoas , incluindo moradores de rua e até alguns estrangeiros. No Recife, os manifestantes pediram políticas públicas urgentes para combater a violência contra a mulher.

O lema do Grito este ano é "Brasil: na força da indignação, sementes de transformação". O Grito começou a ser feito em 1995, com a campanha da fraternidade da Igreja Católica. Para os coordenadores, a idéia é realizar um ato de protesto contra a exclusão social.

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, rezou a missa e afirmou que o maior pecado é o desemprego. Defendeu ainda uma reforma no sistema prisional. Para ele, é preciso que a Justiça aplique penas alternativas, pois metade das pessoas que estão atualmente no sistema carcerário poderia cumprir pena fora das prisões.

- A pena alternativa poderia preservar muita gente que cometeu pequenos delitos e que não entraria no círculo do crime que é hoje a prisão - afirmou.

A manifestação teve a participação de muitas crianças e idosos, além de diversos representantes da sociedade civil organizada como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) e até um grupo de estudantes vestidos de palhaços que são integrantes do Movimento Passe-Livre.

Entre as faixas, palavras de ordem como "Só se comemora independência com justiça social" ou "Água e energia não são mercadoria", em referência à campanha contra os preços altos da energia elétrica.

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