A intenção do Movimento Brasil Livre (MBL) de destituir a presidente Dilma Rousseff do cargo vai além dos gritos nos protestos de rua. Seus organizadores pretendem entregar, na semana que vem, em Brasília, um pedido formal de impeachment ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O argumento, segundo o empresário Renan Santos, um dos organizadores do movimento, é que a presidente cometeu crime de responsabilidade ao não interferir no processo de financiamento de campanhas com dinheiro da Petrobras. “Dilma tinha poder de mudar nomes na Petrobras e não mudou”, disse.
Criado em novembro passado por membros de faixa etária média em torno dos 24 anos, o MBL é o mais jovem dos grupos que lideram os atos de domingo. E o que mais fortemente defende os ideais liberais. “Não temos problema algum em defender a privatização da Petrobras”, provoca Renan. Assim como o Vem Pra Rua, o MBL se sustenta com doações. “São pequenas contribuições, de R$ 40, R$ 50”, diz.
Dos três grupos que vão estar nas ruas no domingo, o Revoltados On Line é o que inova na captação de recursos para financiar atividades como o protesto que organizou ontem no Rio de Janeiro. O líder, Marcelo Reis, transformou o impeachment em marca e comercializa, em uma página que mantém na internet, camisetas, bonés e adesivos alusivos ao “Fora Dilma”. Um kit com os três itens é vendido a R$ 175.
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