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| Foto: Catarina Scortecci /Gazeta do Povo

No gramado em frente ao Congresso Nacional, apenas a área reservada ao grupo favorável ao impeachment começa a ser ocupada. Os primeiros a chegarem ali são do Paraná, na manhã deste sábado (16). Um grupo de pessoas de Maringá, integrantes de um movimento chamado “Patriotas do Brasil”, já se instalou por ali para vender camisetas. São dois modelos, com referências à Operação Lava Jato, além das camisetas da seleção brasileira. “Sempre viajamos para Brasília nas manifestações; no dia 15 de novembro, por exemplo, estávamos aqui”, disse Fábio Rogério, 39 anos, vestido com uma de suas camisetas à venda, por 25 reais - “Sergio Moro conte conosco”.

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Fábio conta que, em Maringá, já até tomou café com o juiz federal responsável pelos processos da Lava Jato. “Conhecíamos a mãe dele e aí ele nos viu nas fotos, apoiando a Lava Jato, e aí ele convidou a gente para tomar um café”, conta ele, mostrando os registros do momento no celular. “O que ele falou foi para apoiarmos a Lava Jato como um todo, não só ele, mas todos os envolvidos”, afirmou Rogerio.

Catarina Scortecci
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Segundo o vendedor, outros grupos do Paraná já estão em Brasília para acompanhar a votação do impeachment. “Tem caravana de Londrina e de Curitiba. No hotel, encontramos pessoas de outras cidades, como Umuarama”, comentou. Outra integrante do mesmo grupo de Maringá, a professora Sandra Andrade, reclamava do “muro” instalado no gramado, para dividir os manifestantes com posições diferentes sobre o impeachment. “Aqui não deveria ter sido dividido. Porque, no impeachment anterior, só estavam aqui gente a favor do impeachment. Isso é uma tentativa desesperada do PT para dizer que tem apoio”, afirma ela.

Questionada se acredita na possibilidade de conflito, a professora criticou os manifestantes que devem ficar do outro lado do muro: “Onde tem esse pessoal de vermelho aí, os comunistas, em todas as circunstâncias a gente vê vandalismo. Mas nós estamos de mãos limpas”. As chapas de aço dividindo igualmente os dois espaços em frente ao Congresso Nacional seguem até a altura da Catedral.

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