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A oposição ao governo do estado na nova composição da Assembléia Legislativa promete ser maior e mais atuante do que a atual. Nos últimos quatro anos da gestão de Roberto Requião (PMDB), apenas 7 dos 54 deputados estaduais se opuseram às ações do governo. Nesta legislatura, deve haver pelo menos o dobro, segundo alguns oposicionistas.

Sobre a tímida atuação da oposição nos últimos quatro anos, o líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), alega que "estava cansado". Segundo ele, mais importante é "a qualidade do que a quantidade, embora esse último ponto ajude a fazer barulho". De acordo com o tucano, o negócio é fazer o governo recuar e raciocinar, utilizando da responsabilidade nas ações.

"A oposição não pode dormir. E a partir de fevereiro, vai estar mais acordado do que nunca, pois os novatos virão com vontade", disse Rossoni. "E acredito que teremos entre 15 e 18 deputados de oposição à administração requianista", afirmou o tucano, que já fez reuniões com os parlamentares interessados em fazer parte do grupo.

Dos que vão assumir mandatos na próxima quinta-feira, deverão se destacar na oposição os deputados Edgar Bueno (PDT), Fábio Camargo (PFL), Osmar Bertoldi (PFL) e Fernando Ribas Carli Filho (PSB). O primeiro foi uma espécie de braço direito de Osmar Dias (PDT), adversário de Requião nas últimas eleições. "Não dá para mudar de lado. Devemos ter coerência com o resultado das urnas", disse Bueno.

Fábio Camargo já procurou Rossoni e o prefeito de Curitiba, Beto Richa, e prometeu "atormentar" a vida do governo, independentemente de ter o sogro, Rafael Iatauro, como chefe da Casa Civil.

Já Osmar Bertoldi foi candidato a prefeito de Curitiba apoiado pelo inimigo político de Requião Cassio Taniguchi (PFL). E Ribas Carli é filho de um dos mais aguerridos opositores do governo no anos de 2003 e 2004, Fernando Ribas Carli (PP). Ele foi deputado estadual e saiu da função para ser prefeito de Guarapuava.

Para Durval Amaral (PFL), os deputados do PP, PDT e PSB, que foram oposição nas eleições, devem continuar nessa linha. Há ainda dois fortes nomes que só o tempo dirá se serão oposição ou situação: Antônio Belinatti (PP) e Ney Leprevost (PP).

Belinati, ex-prefeito de Londrina, foi apoiado e apoiou Requião na última campanha. Mas a disputa pela prefeitura da cidade no ano que vem pode melar o jogo. Ele é pré-candidato e promete bater de frente com André Vargas (PT), que também quer a disputa e será secretário de Estado do Trabalho. Já Ney Leprevost apoiou Osmar Dias na briga pelo governo, mas é amigo do atual governador.

Além desses problemas, há um outro maior a ser administrado pela bancada contrária ao governo: os deputados do PSDB, com exceção de Rossoni e Ademar Traiano. Os tucanos afirmam que serão da base de apoio a Requião. Mas, na disputa eleitoral, os parlamentares do PSDB devem ir contra qualquer candidato requianista.

O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), por exemplo, já afirmou que o partido precisa definir o lado e buscar estratégias de atuação bem delineadas, para que não haja divisões. O prefeito Beto Richa (PSDB) pediu uma oposição mais crítica e lamentou o fato de não haver uma reforma política no país, o que faria políticos mais fiéis.

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