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O grupo político do vice-presidente eleito Michel Temer e do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, busca o controle do PMDB paulista após a morte do ex-governador e presidente estadual da legenda, Orestes Quércia. O filho do ministro e deputado estadual reeleito, Baleia Rossi (PMDB), já pretendia enfrentar a ala quercista na eleição para a presidência do partido prevista para o final de 2011. Como a disputa foi adiantada com o falecimento de Quércia na última sexta-feira, Rossi, apadrinhado de Temer, já vem falando como candidato.

A expectativa é que o presidente exercício do PMDB paulista, o deputado estadual Jorge Caruso, convoque eleições para a presidência da legenda em São Paulo até fevereiro. Caruso foi derrotado por Quércia nas últimas eleições para a presidência do PMDB paulista e, assim como Temer e Rossi, apoiou Dilma Roussef (PT) nas eleições presidenciais deste ano.

A ala quercista, porém, apoiou os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin, a presidente e a governador, respectivamente. Baleia Rossi já adota o discurso pacificador, pregando a união das duas correntes do partido e a abertura do PMDB para novos filiados. "Nos últimos tempos, o partido esteve aberto apenas de dentro para fora. A intenção democratizar o PMDB para fazê-lo forte novamente em São Paulo", disse o deputado.

Ainda em janeiro, o parlamentar espera conversar como prefeito de Araraquara, Marcelo Barbieri (PMDB), em busca do apoio para sua candidatura e da pacificação do partido. Barbieri, considerado herdeiro político de Quércia, defende a permanência de Caruso na presidência do PMDB. "Acho que o Baleia tem capacidade, mas pode esperar mais um ano. É importante a permanência do Caruso na presidência para que o PMDB inicie as discussões políticas para 2012, quando teremos as eleições municipais", disse Barbieri.

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