O grupo de trabalho criado para discutir o poder de investigação do Ministério Público e das polícias escreveu uma proposta ontem, mas a redação final não é consenso nas duas categorias. Esse relatório, com sugestões para subsidiar mudanças na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37 que versa sobre o tema será discutido agora separadamente entre os procuradores e os policiais.
Coordenador do grupo, o secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano, explicou que "não há mais tempo ou espaço para mudança do texto". "O que sai hoje é um texto final que agora os membros da corporação vão dizer se aceitam ou não", disse.
Criado para discutir "o aperfeiçoamento da investigação" após acirramento da disputa entre o MP e a Polícia Federal, o grupo se reunirá no dia 18 pela última vez, quando as corporações dirão se aceitaram ou não as mudanças.
Pressão
As categorias estão pressionadas pelo ultimato do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), que afirmou que a emenda será votada no dia 26 pelo plenário da Casa, com ou sem acordo. "Se eles não aceitarem o texto, o grupo vai dizer: não houve acordo e agora o Congresso segue o seu [ritmo] normal", disse Caetano.
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