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A Câmara de Ribeirão Preto (SP) instaurou nesta terça-feira (28), por unanimidade a abertura de uma Comissão Processante (CP) que analisará a possível cassação do vereador Oliveira Júnior (PSC) por quebra de decoro parlamentar. O pedido de cassação foi encaminhado pelo grupo Por Uma Ribeirão Melhor, que tem cerca de 2.800 membros na rede social Facebook, indignado com os atos recentes do vereador que foi flagrado dirigindo alcoolizado e por ter desacatado um dos policiais militares que o abordaram.

Depois disso, embora não seja o foco da atual CP, houve uma denúncia de que Oliveira Júnior mantinha Eliana Caetano, mãe de sua namorada, moradora em Vila Velha (ES), como funcionária fantasma em seu gabinete. A Câmara a demitiu após a denúncia.

A abordagem ao vereador ocorreu em 28 de maio. Oliveira Júnior se recusou a fazer o exame de bafômetro e de sangue. A delegada do caso exigiu que ele fosse submetido ao exame médico para verificar o seu estado de embriaguez. O exame clínico indicou que ele estava sob o efeito de bebida alcoólica. O vereador alegou que estava "alcoolizado" e não "embriagado".

A Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) local abriu processo para cassar a carteira de habilitação dele. O pedido popular para que se abrisse uma CP foi encaminhado à Câmara. O próprio vereador pediu, em ofício, a abertura da CP, justificando que teria condições de se defender. Ele alega ser perseguido por parte da imprensa local. A CP terá 90 dias para investigar o caso.

Em 19 de junho o jornal A Cidade apresentou a denúncia de que Oliveira Júnior mantinha uma funcionária fantasma em seu gabinete. A Câmara a demitiu e ainda suspendeu o vereador por 30 dias, sem direito a vencimentos. Ele negou que a funcionária fosse fantasma. Oliveira Júnior foi radialista e também empresário de jogadores de futebol. O mais famoso deles foi o lateral Roberto Carlos, que há alguns anos rompeu o acordo, alegando que teria sido enganado.

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