A continuidade de uma mesma pessoa no poder normalmente é questionável e pode comprometer a democracia, mas no caso do vereador João Cláudio Derosso (PSDB), avalia o cientista político Adriano Codato, professor da Universidade Federal do Paraná, o sistema que ele representa é o principal culpado para este continuísmo. Derosso deve ser reeleito pela sétima vez consecutiva para presidência da Câmara de Curitiba. "Isso não é surpresa pra ninguém. É um fenômeno parecido com o Aníbal Khury na Assembléia Legislativa. Ele (Derosso) se perpetua no cargo não só pelo poder que detém, mas porque o sistema que ele representa não se move", critica.

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Positivo

Para Derosso, esse continuísmo tem como ponto positivo a possibilidade de realizar projetos de médio e longo prazo. "Um exemplo disso será a reforma do prédio histórico da Câmara", exemplifica. Mas para o especialista, a relação intrínseca do Legislativo com o Executivo municipal é determinante para a letargia do sistema. "Não existe renovação porque não há renovação no sistema. O grupo político que administra a cidade é o mesmo há anos", explica Codato. "Agora aposto que se o presidente da Casa fosse adversário político do prefeito, a dificuldade para se reeleger seria maior", concluiu.

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