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Domingo grupos contra Dilma já saem às ruas. Ato a favor da presidente será no dia 16. | /
Domingo grupos contra Dilma já saem às ruas. Ato a favor da presidente será no dia 16.| Foto: /

Movimentos sociais pró e contra a presidente Dilma Rousseff (PT) organizam manifestações para os próximos dias em todo o país. O primeiro protesto, a favor do impeachment da presidente, ocorre neste domingo (13) em várias cidades do Brasil.Em Curitiba os manifestantes se reúnem às 13 horas na Praça Santos Andrade, no Centro da cidade. Os organizadores da manifestação esperam pelo menos mil pessoas na capital paranaense.

Fiep organiza manifestação contra impostos

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) também organiza uma manifestação para este domingo (13) em Curitiba. A entidade vai lançar na capital a campanha “Não Vou Pagar o Pato”, contra a criação e aumento de impostos e a volta da CPMF propostos pelo Governo Federal. A mobilização está prevista para começar por volta das 10h30 na Boca Maldita, no Centro da capital, e vai contar com a presença de diversas entidades do estado.

A ação vai levar um pato inflável de 12 metros de altura à Boca Maldita, onde serão distribuídos materiais da campanha, que começou em setembro, em frente à sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), e está percorrendo outras regiões do país. O pato já esteve em várias cidades do interior de São Paulo, Baixada Santista, além de Brasília, Rio de Janeiro e Salvador.

O objetivo, de acordo com o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, é chamar a atenção da população para a cobrança abusiva de impostos. Campagnolo reclama que o governo federal não faz os cortes necessários na máquina pública. “A gente percebe que eles não fazem seus enxugamentos, seu dever de casa ou fazem muito pouco”, afirma o presidente da Fiep.

Campagnolo lembra que apesar da volta da CPMF impactar diretamente a indústria, o consumidor final também vai sentir os impactos do aumento nos impostos. “As indústrias são penalizadas, mas o mercado é que regula tudo isso”, lembra. “Para o brasileiro é algo que vai impactar fortemente o poder de compra”, alerta o presidente.

A Fiep não tem uma estimativa de quantas pessoas devem comparecer à manifestação no domingo. Na internet a campanha já recolheu mais de 1 milhão de assinaturas. A meta é atingir mais 1 milhão, que serão encaminhadas ao Congresso Nacional.

O número é bem menor do que o público da primeira manifestação contra o governo federal, realizada em março deste ano, que reuniu cerca de 80 mil pessoas em Curitiba – quarta maior manifestação do país.

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De acordo com a representante do movimento Vem Pra Rua Patricia Mascarenha, o curto tempo de divulgação é um dos fatores que pode explicar a baixa adesão em Curitiba. “Nós tivemos um tempo muito curto para divulgação dessa vez, não passou de uma semana”, explica.

No evento criado no Facebook, a manifestação desse domingo conta com 1,6 mil pessoas confirmadas e outras 1,5 mil que declararam ter interesse no evento, mas não confirmaram presença. Patrícia afirma que o número de participantes pode surpreender. “A diferença é que agora nós temos um pedido de impeachment instaurado, muita coisa está acontecendo. Os desdobramentos da Operação Lava Jato também nas últimas semanas deram uma agitada no pessoal. Talvez a gente possa se surpreender com o número de pessoas”, diz.

“É difícil ter uma expectativa de público dessa vez porque ela não é uma mega manifestação”, explica o representante do Movimento Brasil Livre Eder Borges. “Se for mil pessoas já está de bom tamanho”, avalia. “Nós fizemos as três maiores manifestações da história do país”, justifica o manifestante.

Os manifestantes vão se concentrar na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. Os próximos passos, de acordo com os organizadores, deve depender do número de pessoas. A intenção é que os manifestantes caminhem até a Boca Maldita, mas se o número de pessoas não for expressivo, o protesto deverá se concentrar apenas no ponto inicial.

Outras cidades

De acordo Borges, outras cidades do Paraná também devem aderir as manifestações do dia 13 de dezembro. Segundo Borges, já estão confirmadas as cidades de Ponta Grossa, Cascavel, Irati, Pato Branco e Francisco Beltrão. Outros municípios como Foz do Iguaçu e Maringá ainda estão para confirmar se devem ou não aderir aos protestos.

Além do Movimento Brasil Livre e do Vem Pra Rua, devem participar da manifestação desse domingo representantes dos movimentos Direita Curitiba, Curitiba Contra a Corrupção e Mais Brasil.

Ato pró Dilma

Movimentos a favor do governo Dilma também organizam protestos em todo o país para apoiar a presidente. Uma manifestação está agendada para o dia 16 de dezembro em várias cidades do Brasil. Em Curitiba, os organizadores ainda não definiram o local e o horário da manifestação. Uma reunião está marcada para este sábado (12) para definir os detalhes do movimento.

De acordo com a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná Regina Cruz, ainda não é possível estimar quantas pessoas devem participar da manifestação. “A gente não tem ideia de público ainda porque a gente não começou nem a divulgar ainda”, explica.

Entre as pautas do movimento estão a defesa da democracia, a saída do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB) e o fim dos ajustes fiscais. “A gente defende a democracia, mas quer que mude a política econômica”, explica Regina.

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