A Gtech, empresa envolvida na CPI dos Bingos e no escândalo Waldomiro Diniz, pagou entre 2002 e 2003 mais de R$ 2 milhões à empresa de um funcionário da Secretaria de Comunicação Social, segundo uma reportagem publicada neste sábado pela Revista Isto É. O funcionário deixou o cargo no mês passado.
A revista cita documentos entregues pelo Ministério Público (MP) Federal à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Bingos e diz que o dinheiro foi pago à empresa do advogado Marcelo Coelho de Aguiar, que até o mês passado despachava numa sala do 5º andar da secretaria.
Os papéis do MP mostram que a MM Consultoria Ltda. (empresa aberta pelo advogado em Belo Horizonte) recebeu de dezembro de 2002 a junho de 2003 R$ 2.098.050 da Gtech do Brasil, a multinacional contratada pela Caixa Econômica para operar as loterias federais.
Em março de 2003, a Gtech renovou um polêmico contrato de R$ 260 milhões anuais com a Caixa Econômica Federal para gerenciar o sistema de informática e de tecnologia das loterias.
Um mês depois do último pagamento, em julho de 2003, foi revelado que Waldomiro Diniz, então assessor do ministro-chefe da Casa Civil na época, José Dirceu, mantivera secretas reuniões com diretores da Gtech visando à renovação do contrato milionário.
No final do governo de Fernando Henrique Cardoso, a Gtech chegou a oferecer um desconto de 28% para que o contrato fosse renovado, mas não houve entendimento. No terceiro mês do governo Lula, com um desconto de apenas 15%, o negócio foi feito, lembra a "Isto É".
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas