O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), manifestou nesta quinta-feira (18), em Porto Alegre, o apoio da direção nacional da sigla à reeleição da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. Ao mesmo tempo, costurou alianças com o PP e o PPS e deu a entender que a coligação que a tucana vai liderar no Estado se constitui num palanque forte para José Serra, que será lançado como candidato do partido à Presidência da República no dia 10 de abril.
A movimentação de Guerra consolida o posicionamento do PSDB no Rio Grande do Sul para as eleições deste ano. Há poucos meses, nos bastidores do partido, havia correntes que preferiam retirar a candidatura de Yeda e apoiar o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, para contar com o palanque do PMDB gaúcho para Serra.
Desde que seus aliados rechaçaram a tramitação de um processo de impeachment e aprovaram o relatório da CPI da Corrupção que não apontou irregularidades no Executivo, entre setembro e dezembro do ano passado, Yeda vive um novo momento e tem reagrupado tucanos e aliados que não têm pretensões ao Piratini, como o PP e o PPS.
Guerra deixou escapar hoje que está mais otimista do que há poucos meses. "Antes nós tínhamos muita preocupação porque ela (Yeda) enfrentou um tiroteio que nunca ninguém havia enfrentado aqui no Estado", reconheceu. "Mas ela superou as acusações, fez um bom governo e agora há uma combinação muito forte pelo projeto de candidatura".
Fogaça
Guerra e alguns líderes do PSDB no Estado reiteraram que gostariam de contar com o apoio de Fogaça a Serra, mas admitiram que há circunstâncias que dificultam a aliança. "Somos apaixonados pelo PMDB e era bom que a recíproca fosse verdadeira", comentou Guerra. "Mas o Fogaça não está na nossa linha de convergência nesse momento", resignou-se.
O deputado federal tucano Ruy Pauletti resumiu a nova situação afirmando que a candidatura de Yeda está consolidada e que outras hipóteses nunca foram consideradas. "O ideal é que o Fogaça também ofereça seu palanque (para Serra)", reiterou, com a ressalva de que "Serra pode ter a tranquilidade de ter só o palanque de Yeda, que vai ser o palanque ideal para ele no Estado".
Numa reunião com representantes do PP e do PPS, Guerra deixou encaminhada a aliança entre os três partidos no Estado. O PPS não colocava obstáculos. Algumas bases do PP ainda resistem porque querem aliança também nas proporcionais, algo que os tucanos refutam para não perder cadeiras nas bancadas parlamentares. O impasse tende a ser resolvido nos próximos dias.
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