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O Paraguai está exigindo do governo brasileiro uma solução urgente para recuperar a normalidade das operações de embarque da soja produzida naquele país pelo Porto de Paranaguá. Em documento assinado na semana passada pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o Brasil se comprometeu a estudar a questão.

O Paraguai, terceiro maior produtor de soja da América do Sul, utilizava exclusivamente o Porto de Paranaguá para exportar sua produção. Desde que, em 2003, o terminal paranaense começou a impedir embarques de transgênicos, o país teve de procurar outras saídas – pela Argentina, descendo o rio Paraná até o Prata; pelo Porto de Santos, usando em parte a hidrovia Paraná-Tietê; ou por rodovia, até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Todas as alternativas encarecem o preço final da soja paraguaia e causam prejuízos à economia do país. Embora o Porto de Paranaguá já tenha sido obrigado a suspender as restrições, os paraguaios querem agora garantias de que não encontrarão dificuldades operacionais para retomar suas exportações por aqui. O governo brasileiro não se comprometeu com prazos para atender ao pedido do Paraguai. Primeiro, terá de aguardar a solução que será dada quanto à exigência do Tribunal de Contas da União para que o Ministério dos Transportes se pronuncie sobre o "rosário de irregularidades" que encontrou na administração portuária, presidida por Eduardo Requião. O ministro Paulo Sérgio tem até a próxima sexta-feira para dizer o que pretende fazer – se cancela a delegação ao governo paranaense ou soluciona os problemas.

Olho vivo

Por Jango – A Assembléia Legislativa realiza sessão solene amanhã para homenagear João Goulart nos 30 anos de seu falecimento. Derrubado pelo golpe de 1964, Jango foi o único presidente que morreu no exílio, em 1976. O ex-deputado Léo de Almeida Neves, que foi vice-presidente do antigo PTB (partido de Goulart) é quem vai pronunciar o discurso de homenagem.

Mortalidade 1 – Os números da mortalidade infantil no Paraná divulgados pelo IBGE na sexta-feira não batem com os de outras fontes. Os dados do IBGE, festejados pelo governo estadual como resultado do êxito de seus programas sociais, dizem que entre 2002 e 2005 a taxa caiu de 24 para 20 mortes para cada grupo de mil crianças nascidas vivas.

Mortalidade 2 – Um documento oficial da secretaria de estadual de Saúde de 2004 informa, no entanto, que em 2002 a taxa de mortalidade infantil no Paraná já era de 17,4. Para o Ministério da Saúde, menos ainda: 16,8. Assim, ao invés de ter diminuído, a taxa teria na verdade crescido no estado. A diferença, talvez, possa ser explicada pelo uso de metodologias de apuração diferentes.

Memória 1 – O vice-governador Orlando Pessuti diz que milita no PMDB há 40 anos. Acha que tanto tempo o credencia para ser presidente da sigla no Paraná. Já seu atual presidente, deputado Dobrandino da Silva, informa que se o critério de antiguidade fosse para valer, ele continuaria na direção, já que seria peemedebista de carteirinha há 50 anos.

Memória 2 – Estranho: o PMDB foi criado em outubro de 1965 (como MDB). Nesse caso, Pessuti teria ingressado no partido quando tinha 11 anos de idade. Mas proeza maior é a de Dobrandino: a legenda ainda nem existia e ele já era filiado.

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"QUEREMOS SABER DE ONDE VAI SAIR O DINHEIRO PARA A CONSTRUÇÃO DOS HOSPITAIS E DOS CAMINHOS DA LIBERDADE."Do lider da oposição na Assembléia, deputado Valdir Rossoni, que não achou na proposta de orçamento do governo para 2007 dinheiro para a realização dessas obras e para outras promessas de campanha.

celso@gazetadopovo.com.br

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