Em alta
PMDB
O partido mostrou sua força e por enquanto saiu por cima em sua briga com o governo federal. Na semana passada, aprovou requerimentos para ministros prestarem esclarecimentos e a formação de uma comissão para acompanhar uma investigação sobre a Petrobras na Holanda.
Em baixa
Michel Temer
O vice-presidente, que é do PMDB, apostava em sua influência para conter os rebelados contra o governo no Congresso Nacional. Acabou derrotado, pois os peemedebistas mantiveram a rebelião na base e ainda ameaçam a votação do Marco Civil da Internet.
Pinga-fogo
"Quem está rotulando como blocão e colocando importância política nisso é a imprensa e parte do governo, que está comprando essa tese de que é preciso desmontar a aliança para parecer que tem uma vitória ou derrota política".
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder do PMDB na Câmara dos Deputados, sobre o bloco dos descontentes com o governo federal.
O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (foto), demonstrou preocupação com os ataques na internet. O tucano montou uma estrutura jurídica e de comunicação específica para combater o que vem chamando de "quadrilhas virtuais". O partido mobilizou uma equipe em sua sede nacional, em Brasília, para monitorar as redes sociais e identificar na internet a origem de posts e publicações que denigrem a imagem do presidenciável. O grupo já está agindo de forma coordenada com o escritório Opice Blum advogados, que fica em São Paulo e é especializado em direito digital. Responsável pela operação de blindagem, o deputado federal Carlos Sampaio (SP), coordenador jurídico do PSDB, acredita que Aécio está sendo vítima de uma ação subterrânea de difamação. "O PSDB vai, a partir de agora, fazer uma ofensiva efetiva contra as quadrilhas virtuais", disse Sampaio. Segundo o deputado, esses grupos usam ferramentas como fazendas de links robôs que tentam manipular os resultados dos sites de busca, a fim de dar mais destaque a um determinado conteúdo para espalhar rumores contra o tucano. "Aécio está usando o sagrado direito de defender-se de ações criminosas", afirma.
Emoções
Mesmo após as mudanças feitas nos ministérios para apaziguar o "Blocão", o clima na Câmara pode continuar pesado entre petistas e peemedebistas. Vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT) disse que espera "algumas emoções" para a semana que vem. "Há uma tensão pré-eleitoral, as candidaturas para as proporcionais envolvem muitas pessoas, é natural que haja essa tensão", disse. O deputado disse, ainda, que é difícil unir o PMDB inteiro em torno da candidatura de Dilma Rousseff. "Isso não aconteceu nem com o presidente Lula", disse.
Fale por você
Suplente de Gleisi Hoffmann, Sérgio Souza (PMDB) não gostou das afirmações do presidente estadual do PMDB, Osmar Serraglio, de que apenas a candidatura de Roberto Requião (PMDB) ou a aliança com Beto Richa (PSDB) seriam opções viáveis para as próximas eleições. Para ele, Serraglio fala por si próprio por ser um possível vice de Richa. Ele diz que, caso a tese da candidatura própria seja derrotada na convenção, irá trabalhar para uma aliança com o PT. Se Gleisi se eleger, Souza herda sua cadeira no Senado.
E o Malafaia?
A vereadora Carla Pimentel (PSC) parece ter mesmo desistido da ideia de homenagear o polêmico pastor Silas Malafaia com o título de cidadão honorário de Curitiba. Mês que vem, a indicação feita por ela completa um ano. A Comissão de Legislação, depois de vários protestos em função de declarações do pastor tidas como homofóbicas, devolveu o projeto à vereadora. A alegação é de que ela não havia comprovado que Malafaia havia contribuído com a cidade. Carla Pimentel ficou de reapresentar o projeto. Isso foi em maio de 2013.
Colaboraram: Chico Marés e Rogério Galindo.