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A estratégia faz parte de um acordo para proteger a presidente Dilma Rousseff, alvo de processos de impeachment na Câmara dos Deputados. | /Instituto Lula
A estratégia faz parte de um acordo para proteger a presidente Dilma Rousseff, alvo de processos de impeachment na Câmara dos Deputados.| Foto: /Instituto Lula

Sob orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PT, Rui Falcão reforçou, nesta quinta-feira (29), a recomendação para que a cúpula do partido poupe Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e suspeito de ter contas secretas em seu nome e de sua esposa na Suíça.

A estratégia faz parte de um acordo para proteger a presidente Dilma Rousseff, alvo de processos de impeachment na Câmara dos Deputados, que dependem, num primeiro momento, de uma decisão monocrática do presidente da Câmara, a quem cabe deferir ou indeferir o pedido.

O peemedebista tem em mãos um documento chancelado pela oposição que, tomando por base as pedaladas fiscais do governo, o escândalo da Petrobras e a má administração federal, pede a saída de Dilma do cargo.

Como informou a Folha de S.Paulo nesta semana, a área técnica da Casa entregará a Cunha um parecer favorável ao impeachment de Dilma, o que não ocorre desde o afastamento de Fernando Collor, em 1993.

“Quem tem acordo com Cunha é a oposição. Não vamos nos deixar levar por esse tipo de pressão. Há duas denúncias no STF contra ele que ainda não foram examinadas. Ele tem um prazo para exercer seu direito de defesa, algo que defendemos sempre, embora não se garanta isso a nós. Para o PT, ao invés de se garantir a presunção de inocência tem a presunção da culpa”, afirmou Rui Falcão diante da cúpula do partido.

A necessidade de manter cautela em relação ao tema foi colocada também em relação ao posicionamento dos três petistas que compõem o Conselho de Ética, que vai julgar o processo de cassação de Cunha, a ser instaurado na próxima terça-feira (3).

“Na Câmara, há um Conselho de Ética, onde temos três representantes. Vamos votar de forma unitária no conselho, sob orientação da Executiva Nacional, mas não queremos antecipar, prejulgar, porque lá é o momento da nossa definição como partido.”

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