O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou com um novo pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a prisão imediata do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado a mais de 13 anos de reclusão por formação de quadrilha e peculato.
O próprio STF já negou, em dezembro do ano passado, recursos contra sua condenação lançados pela defesa e pedido de prisão imediata realizado pelo Ministério Público Federal.
Segundo Gurgel, os novos recursos apresentados em março pela defesa do parlamentar são protelatórios.
"O Ministério Público Federal, considerando a informação de que o acusado opôs novos embargos de declaração [recursos], pede que seja reconhecido o intuito meramente protelatório do recurso e decretado o trânsito em julgado da condenação, para que tenha início o cumprimento da pena imposta por essa corte", diz o documento.
Relatora do caso, a ministra Cármen Lúcia tem dito que dará prioridade ao caso e levará os recursos diretamente ao plenário para apressar a tramitação.
O parlamentar foi condenado, em 2010, a mais de 13 anos de prisão por participação em um esquema de desvio de recursos de R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia, mas está em liberdade aguardando o desfecho do processo.
Na tentativa de reverter a condenação, a defesa argumenta que houve omissão do Supremo no recurso anterior, já que a investigação que deu origem à denúncia desenvolveu-se com "grave violação à regra de competência".
O caso de Donadon foi analisado pelos ministros do Supremo, mas outros réus, que inclusive tinham maior participação no esquema, foram julgados por instâncias inferiores, por não terem foro no Supremo, e receberam penas significativamente menores.
A medida tem potencial para gerar novo atrito com a Câmara, que defende sua autonomia para decidir sobre a perda de vagas na Casa, como ocorreu ao final do julgamento do mensalão.
Os advogados Nabor Bulhões e Bruno Rodrigues sustentam, no entanto, que a Constituição estabelece que um parlamentar só pode ser preso em caso de flagrante. Como o STF não determinou a perda do mandato e nem a Câmara tirou o mandato, Donadon só poderá ser preso se os deputados cassarem o mandato dele.
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