O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, considera que seria positivo se a condenação da maioria dos réus do mensalão tiver repercussão nas eleições municipais que terão o primeiro turno realizado no próximo domingo. Apesar de o relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, estar referendando nesta quarta em seu voto as teses da acusação em relação ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o procurador preferiu não comentar esse assunto no intervalo da sessão.
Questionado se acreditava em impacto do julgamento nas eleições, Gurgel manifestou seu desejo que isso ocorra: "As urnas dirão se houve repercussão, mas, a meu ver, seria bom que houvesse, seria salutar".
Ele fez ainda uma defesa da punição dos criminosos de colarinho branco. "Eu acho que, de uma vez por todas, é preciso que no Brasil a lei valha para todos. Se o criminoso comum vai para a cadeia, é preciso que também o de colarinho branco vá para a cadeia. Todos são brasileiros, igualmente". Gurgel reiterou ainda que o Ministério Público defende a prisão imediata dos réus que forem condenados a regime fechado. Ressalvou que esse tema será ainda debatido pelos ministros.
O procurador ainda rebateu o anúncio do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, de recurso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. "Acho que é algo que não tem a mínima viabilidade". Ele destacou que este tipo de recurso se aplica apenas quando não há respeito a garantias constitucionais. Para Gurgel, este não é o caso do processo do mensalão, que é "absolutamente exemplar no tocante à salvaguarda de garantias e direitos fundamentais de qualquer acusado".
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