Brasília (AE) Designado ontem para ser sub-relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) defendeu a prisão preventiva do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do mensalão pago a deputados para apoiar o governo. Para pedir a prisão do empresário, Fruet alegou que Marcos Valério destruiu documentos contábeis da agência de publicidade DNA, dificultando as investigações da Comissão. Fruet afirmou que o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), "achou procedente" a proposta de pedir à Justiça a prisão preventiva do publicitário.
"O Marcos Valério está inutilizando provas, e é preciso adotar medidas para que as investigações sejam garantidas. Cabe pedir a prisão preventiva dele uma vez que ele mandou incinerar documentos. Isso é muito preocupante", disse Fruet. Ele explicou que o Código Penal prevê pena de prisão de um a cinco anos para quem "destruir, suprimir ou ocultar" documentos públicos ou particulares que estão sob investigação. "A prisão preventiva atinge também quem está com os documentos e os está inutilizando. O Ministério Público e a Justiça podem pedir a prisão preventiva de todos os responsáveis pelos documentos", afirmou o sub-relator.
Fruet explicou que o habeas-corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao publicitário, e que impedia a sua prisão, foi restrito ao dia 6 de julho, quando Marcos Valério depôs na CPI dos Correios. Cauteloso, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), preferiu não opinar sobre um eventual pedido de prisão do publicitário.
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