O sub-relator da CPI dos Correios, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), classifica como um caso restrito a descoberta de um esquema de distribuição de dinheiro que associa o empresário Marcos Valério a políticos de Minas Gerais, ligados ao ex-governador Eduardo Azeredo. Segundo ele, a origem, a forma de movimentação e o volume do dinheiro no caso de Minas Gerais apresentam diferenças em relação ao esquema já descoberto que liga o empresário ao PT.
De acordo com os documentos divulgados nesta terça-feira pelo jornal O Globo, uma das agências de Marcos Valério (DNA) usou contratos com secretarias do governo de Minas Gerais como garantia para empréstimos no Banco Rural, e, logo em seguida, a outra agência do empresário (SMPB) repassa dinheiro para pelo menos 70 políticos ou pessoas ligadas a políticos mineiros que pertenciam à coligação que apoiava o então candidato a governador Eduardo Azeredo, hoje senador e presidente nacional do PSDB.
Gustavo Fruet considera natural que Eduardo Azeredo seja chamado para dar explicações à CPI dos Correios.
Em relação às investigações da CPI dos Correios, ele afirmou que a apuração deve prosseguir para definir o que constitui caixa dois ou dinheiro não contabilizado para financiar campanhas eleitorais e o que pode ser caracterizado como corrupção e tráfico de influência.
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