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O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta-feira (31) que há outros envolvidos no esquema de corrupção revelado ontem (30) na fraude do ISS. Quatro auditores da prefeitura foram presos ontem sob suspeita de estarem envolvidos na cobrança de propina para a emissão de guias do imposto cobrado sobre construções.

A fraude, segundo as primeiras apurações, pode chegar a R$ 500 milhões e envolve a liberação de imóveis de alto padrão na cidade.

"Os servidores presos estão prestando depoimento para sabermos se há mais pessoas envolvidas no esquema. Pode não estar restrito a esses quatro, a rede pode ter se expandido", disse Haddad.

Segundo Haddad, os nomes não podem ser revelados ainda, pois as investigações estão em andamento, mas o esquema de fraude está na mira da Controladoria Geral do Município.

A investigação, envolvendo prefeitura, Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Federal, resultou também na apreensão de centenas de documentos em escritórios na manhã de ontem, além de carros de luxo e motos.

Segundo o prefeito, as empresas envolvidas ainda serão ouvidas para tentar esclarecer em que "circunstâncias acontecia o esquema". Haddad não disse quando isso deve acontecer, mas espera a colaboração das construtoras.

O prefeito também admitiu que antes da criação da Controladoria Geral do Município não havia uma investigação prévia para a nomeação de servidores. Um dos detidos, Ronilson Bezerra Rodrigues, era diretor de administração e finanças da SPTrans em sua gestão e era investigado desde o final do ano passado.

"Em setembro [de 2012] o que houve foi uma apuração muito superficial que partiu de uma denúncia anônima. A partir da criação da CGM começamos a fazer cruzamentos para identificar o real patrimônio", afirmou.

IPTU

Questionado sobre a "cortina de fumaça" que a prisão dos funcionários da prefeitura jogou em cima da recém-aprovação do IPTU, o prefeito desconversou e disse não haver ligação entre uma coisa e outra.

Haddad também garantiu que não há menor possibilidade da prefeitura voltar atrás e cancelar o aumento no imposto, mesmo com a pressão da oposição que promete ir à Justiça contra o reajuste.

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