A presidente Dilma Rousseff, que gastou mais de seis meses para escolher o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ainda tem pelo menos 20 vagas para preencher nas agências reguladoras, tribunais superiores e na Comissão de Ética Pública. Isso sem contar que a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), cargo de primeiro escalão do governo, está ocupada interinamente por Marcelo Neri (foto), presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A presidente terá de escolher ainda, a partir de uma lista tríplice, o substituto do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cujo mandato termina em agosto. De público, ninguém reclama, mas há desconforto com a demora.
Na estrada
Três vereadores curitibanos têm viagens oficiais marcadas para os próximos dias. Jonny Stica (PT) vai participar do curso "Urbanização de Favelas" em São Paulo, nos dias 7 e 8 de junho. Mauro Ignácio (PSB) vai para Belo Horizonte, onde participa de reunião de preparação para a Copa das Confederações. No final do mês, Tito Zeglin (PDT) representa a Câmara na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A Câmara deve disponibilizar R$ 1,2 mil para cobrir as despesas com diárias dos vereadores.
Em alta: Luís Roberto Barroso
O renomado advogado constitucionalista foi escolhido para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É o primeiro nome oriundo da advocacia privada.
Em baixa: Governo Richa
Com Beto Richa (PSDB) em viagem, o Executivo viu a Assembleia adiar a votação do reajuste para os servidores e o fiel governista Plauto Miró (DEM) contestar o projeto da conta única.
Almoço
O governador Beto Richa e os membros da bancada paranaense na Câmara Federal sentam-se à mesa nesta segunda-feira. O almoço foi organizado pelo novo coordenador da bancada, deputado Marcelo Almeida (PMDB), que pretende aproveitar o encontro para discutir demandas do estado em Brasília. Não deve faltar choradeira, diante dos cortes reclamados pelo estado nos repasses federais e o recente contingenciamento orçamentário, que afetará metade das emendas propostas pelos paranaenses.
Crise
Na última sexta-feira, por exemplo, o secretário de Governo, César Silvestri, afirmou com todas as letras que a União é a grande responsável pela crise financeira vivida por estados e municípios. A culpa seria das desonerações promovidas pelo governo federal. "Ninguém é contrário que se reduza os impostos e que se conceda benefícios fiscais, muito pelo contrário. Mas é necessário que seja revista, urgentemente, a forma como a União está concedendo esses benefícios", avaliou.
Pinga-fogo
"Se nas pistas de corrida o governador se orgulha da sua suposta habilidade de piloto, o oposto ocorre no comando do Paraná."
Ênio Verri, presidente estadual do PT, em artigo no qual critica os rumos do atual governo.
Colaborou: Guilherme Voitch.