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Requião: de novo na mira de Lerner. | Valdemir Barreto/Ag. Senado
Requião: de novo na mira de Lerner.| Foto: Valdemir Barreto/Ag. Senado

Paraná

Site de Requião também é atacado

No domingo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) comentou sobre a invasão de hackers ao seu site, que ocorreu no sábado. Ao acessar a página, consta apenas uma justificativa de que o site está em manutenção. O problema continuava até a noite de ontem.

Não há uma definição sobre qual momento o site foi invadido, mas pela mensagem deixada por Requião em seu Twitter, o ataque deve ter ocorrido por volta das 14 horas.

"Desocupados invadiram meu sítio. Genival José, sempre atento, já está providenciando o pleno funcionamento. Polícia Federal nesses canalhas!", disse o senador paranaense em seu Twitter. Ele estava em Aracaju, Sergipe, passando o feriado de Corpus Christi.

Ontem, no início da tarde comentou que ainda aguardava o reparo do site. "Genival, aguardando backup do Data Center do meu sítio. Processo lento, mas informa que em breve estará com todo o conteúdo disponível."

Agência Estado

O grupo internacional Lulz Security, também conhecido como Lulzsec, afirmou no sábado, via Twitter, que não fará novas ações, após 50 dias atacando sites de instituições como a CIA e o Senado norte-americano. Entretanto, os representantes brasileiros do grupo (que também usa o nome LulzSec), continuam anunciando diversos ataques contra sites do governo. Nos últimos dias, outros grupos de piratas da internet atacaram páginas de prefeituras, governos e políticos.

Pelo menos oito órgãos federais tiveram problemas em seus sites por causa das ações dos hackers brasileiros, que começaram a agir na quarta-feira passada. Na madrugada de ontem, o portal da prefeitura de Belém e o site da Polícia Militar de Goiás foram alvo de ataques.

A Polícia Federal está investigando o caso. Já há suspeitos, mas não foram divulgados detalhes sobre as investigações. No sábado, o colunista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, noticiou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também participaria das investigações.

Desistência

A mensagem deixada pela vertente internacional da organização afirma que suas ações foram movidas pela diversão, e que "estivemos perturbando e expondo empresas, governos, a população em geral e tudo o que há no meio, só porque nós podemos".

A mensagem de despedida diz ainda que os hackers esperam que as invasões continuem sem o Lulzsec. Algumas das frases postadas afirmam: "Por favor, não parem. Nós esperamos, desejamos e até imploramos que o movimento se manifeste em uma revolução que pode continuar sem nós".

"Desculpem o transtorno, mas este site não é confiável", escreveram os invasores virtuais, em uma nota intitulada "Mais um site hackeado". Em outra nota, afirmaram que a "onda de ataques vai continuar" e que "todo o banco de dados do site" havia sido copiado.

O grupo de hackers LulzSec chamou a atenção mundial pela primeira vez há dois meses, com a invasão da rede on-line do PlayStation, da Sony, e com o vazamento dos dados de milhões de usuários. O serviço, de alcance global, passou dias fora do ar.

Na semana passada, o grupo assumiu um ataque ao site da CIA. Na quinta-feira, o FBI invadiu e confiscou equipamentos de um servidor de internet no estado de Virgínia, parte de uma investigação dos membros do LulzSec realizada junto com a própria CIA e agências europeias, segundo o New York Times. Um membro do LulzSec foi preso no Reino Unido.

O nome Lulz vem de LOL ("laugh out loud", rir alto), uma gíria de internet usada, em geral, após brincadeiras on-line e pegadinhas.

Anterior e mais conhecido, o grupo Anonymous nasceu como coletivo hacker há cerca de três anos. A exemplo do LulzSec, começou com brincadeiras on-line, até realizar uma série de ataques em defesa do WikiLeaks, em dezembro do ano passado.

O grupo conseguiu afetar a operação de sites globais como Visa, MasterCard e PayPal, por terem suspendido contas da organização WikiLeaks.

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