O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad definiu neste sábado (28) os primeiros passos de sua pré-campanha. Segundo ele, a prioridade é se dedicar, nas próximas semanas, a ver de perto os problemas da cidade. Ele dedicará dois dias da semana a visitas às regiões mais problemáticas de São Paulo. "É uma imersão 'in loco', espero colher subsídios e ver como estão funcionando os equipamentos públicos das áreas mais remotas. Isso a legislação eleitoral não impede."
Após reunião do conselho político de sua pré-campanha, em um hotel da região central da cidade, na manhã deste sábado, o ex-ministro da Educação anunciou que às segundas e sextas-feiras terá agenda de rua, a começar no dia 24 de fevereiro pela região do M'Boi Mirim. Terças, quartas e quintas-feiras serão dedicas às reuniões para a elaboração do plano de governo. Haddad não descartou a possibilidade, também, de visitar a cracolândia, região conhecida pelo tráfico de drogas e que foi ocupada recentemente pela polícia. "Vou aonde a pré-campanha definir". Já os finais de semana deverão ser reservados para outros compromissos.
Dos 27 membros do conselho político de Haddad, 19 participaram da reunião de hoje, além do presidente nacional do partido, Rui Falcão. A ausência mais notada foi a da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que, segundo o presidente do Diretório Municipal da sigla, Antônio Donato, comunicou com antecedência que não participaria porque está fora da Capital.
Fora do Ministério da Educação e sem salário de ministro, Haddad passará a receber um salário do Diretório Municipal petista. O valor ainda não foi definido, mas o estatuto da sigla prevê o benefício. Haddad revelou que gostaria que o salário fosse equivalente ao de ministro (em torno de R$ 11 mil), uma vez que ele também pediu afastamento do cargo de professor da USP.
Haddad disse também que um acordo com o PSD (partido do atual prefeito Gilberto Kassab) não é prioridade neste momento. "Na nossa opinião, não houve uma aproximação formal do PSD, os dirigentes do PT não foram procurados e o PSD deixou claro que tem outras prioridades. A nossa prioridade, é a busca de coligação com os partidos da base aliada do governo Dilma", afirmou o ex-ministro da Educação.
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