A renegociação da dívida de São Paulo foi um dos temas do encontro na manhã desta quinta-feira (10) entre o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT). Segundo Marinho, Haddad e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão "construindo" a solução para um problema que atinge não só a capital paulista e São Bernardo como também se transformou numa das principais preocupações de governos municipais e estaduais de todo o País. "Todos os municípios e Estados têm problemas (dívidas) com a União. Essa repactuação da dívida precisa ser feita. O pagamento de juros é inaceitável", reclamou Marinho.
No discurso de posse, no último dia 1º de janeiro, Haddad classificou a renegociação da dívida como fundamental para a retomada da capacidade de investimento de São Paulo. Com um orçamento de R$ 41 bilhões, a dívida municipal obriga a cidade pagar anualmente R$ 4 bilhões à União. Na sexta-feira (4), Haddad se reuniu com Mantega para discutir a questão.
Além da questão da dívida, os prefeitos conversaram sobre ações conjuntas de combate às enchentes e integração na área de transporte público intermunicipal. Marinho também pediu a liberação de uma área para a construção do piscinão Jaboticabal, obra necessária para evitar os constantes alagamentos na região do ABC provocados pelo transbordamento dos córregos Jaboticabal, Ribeirão dos Couros e dos Meninos, em períodos de chuvas.
O prefeito de São Paulo aproveitou a visita ao colega petista para visitar as instalações do Campus de São Bernardo da Universidade Federal do ABC, projeto iniciado quando Haddad ainda era ministro da Educação. Além do encontro com Marinho, Haddad deve se reunir, em um almoço, com prefeitos petistas da Região Metropolitana de São Paulo ainda nesta semana. "Há um interesse mútuo de se trabalhar as agendas em comum", afirmou Marinho.
No encontro, o prefeito de São Paulo também aproveitou para agradecer o empenho de Marinho durante a campanha eleitoral. No período de definição da candidatura petista na capital paulista, Marinho foi um dos principais entusiastas do nome de Haddad. "Ele agradeceu nossa força. Eu trabalhei para ele virar candidato", contou.
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