O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (5) que espera que a lógica da política local na cidade prevaleça sobre os problemas que o PR nacional teve (nas relações com o governo da presidente Dilma Rousseff) e possa se aliar com seu partido nas eleições municipais deste ano na Capital.
"Penso que há um caminho de entendimento, a partir da lógica local, e dos problemas da cidade", afirmou o pré-candidato, durante visita à região de Santana e Tucuruvi, na zona Norte da Capital.
Para o petista, se a lógica nacional for prevalecer sobre os assuntos municipais, ficaria impossível para o PT administrar sua política de alianças. "Nós temos uma atuação conjunta na cidade de longa data. O PR é praticamente o único partido que se aliou ao PT na oposição contra a atual administração", lembrou o ex-ministro da Educação.
Haddad disse que vem mantendo conversas com representantes do PR em São Paulo e que, assim como os outros partidos da base do governo Dilma, está aguardando o prazo previsto na legislação eleitoral para definir suas políticas de alianças. "Entendo que todos os partidos estão esperando o processo decantar, esperando os prazos correrem para se aliar a uma ou outra candidatura", justificou. Haddad diz que vê receptividade dos representantes do PR para a formação de uma aliança em São Paulo na disputa à sucessão do prefeito Gilberto Kassab.
Lula
Fernando Haddad disse também que pretende participar do primeiro evento público de seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 14 deste mês, na inauguração de um Centro Educacional Unificado (CEU), em São Bernardo do Campo. Esta será a primeira aparição pública do ex-presidente petista, desde que recebeu a notícia de remissão completa do tumor na laringe. "Nada impediria a minha ida, no caso, ali tive o prazer como ministro da Educação de financiar parte das obras.", disse o pré-candidato.
Ao participar da inauguração do CEU em São Bernardo do Campo, Lula atende a um pedido especial do prefeito Luiz Marinho e estará junto de outras lideranças da legenda, como o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e a senadora Marta Suplicy (SP). Com relação à Marta, Haddad afirmou que não tem falado com ela nos últimos dias. Recentemente, a senadora disse que ele deveria gastar sola de sapato para conquistar a militância nessas eleições.
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