O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8) que, se eleito, vai instituir um programa de educação em tempo integral que contemplará, no mínimo, 20% dos alunos do ensino básico da cidade em quatro anos.
A proposta de Haddad é que, em um dos turnos, as crianças tenham atividades em equipamentos públicos além das escolas --como praças, parques, bibliotecas e centros culturais.
Segundo o petista, parte dos recursos viria do governo federal, por meio dos programas Mais Educação e Caminho da Escola. "Há recursos municipais e federais que juntos permitiriam alavancar a educação em tempo integral", afirmou.
O anúncio foi feito em encontro com militantes do PSB, partido cobiçado pelo PT para compor a chapa de Haddad. Para o petista, a bandeira comum da educação em tempo integral "dá sustentabilidade" para a aliança.
Alianças
Haddad reuniu-se com militantes do Movimento em Marcha, maior braço social do PSB na capital. O ato faz parte da estratégia de aproximação de Haddad com a militância do PSB para que o apoio ao petista ganhe respaldo dentro da sigla. Também participou do ato o vereador Juscelino Gadelha.
Atualmente o PSB está dividido entre a Direção Nacional e parte dos líderes da capital --que defendem o apoio a Haddad-- e a Direção Estadual, presidida por Márcio França, que defende a aliança com o candidato do PSDB, José Serra.
A decisão sobre qual candidatura apoiar deve ser tomada até o final de maio. Até lá, diz Gadelha, o grupo que apoia Haddad quer mostrar que tem força dentro do partido. "Está ganhando corpo, a gente quer mostrar para a direção nacional que a melhor escolha é pelo PT", afirmou.
Segundo Gadelha, o PSB colocou recentemente mais duas exigências para a aliança na capital: o apoio do PT às candidaturas socialistas em Ferraz de Vasconcelos e Taboão da Serra, as duas prefeituras da Grande São Paulo comandadas pelo PSB.
O PT já declarou apoio ao PSB em Belo Horizonte e discute aliança com os socialistas em outras capitais, como Boa Vista. Haddad disse ao final do evento que respeita a discussão e o tempo do PSB, mas que está seguro de que os partidos poderão "caminhar juntos".
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