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O paulistano que pagar pela inspeção veicular em 2013 terá o reembolso da taxa, reajustada nesta semana para R$ 47,44 pelo atual prefeito Gilberto Kassab (PSD). Em entrevista ontem à Rádio Bandeirantes, o futuro secretário de Governo, Antonio Donato (PT), revelou que um projeto de lei para acabar com a cobrança vai chegar à Câmara Municipal no dia 1.º de fevereiro.

Segundo Donato, os donos de carros com placas de final 1, que terão de passar pela inspeção em fevereiro, já vão ter o reembolso da taxa, que vale assim que o Legislativo aprovar o projeto. A proposta também vai incluir uma mudança na obrigação da inspeção: só carros com cinco anos de fabricação passarão pelo teste.

"Nos países desenvolvidos a inspeção só começa depois de quatro anos. Certamente vamos mudar o que nós chamamos de 'frota alvo'" disse o futuro secretário e coordenador da campanha de Fernando Haddad. Donato afirmou que espera rapidez da Câmara na votação.

"A gente vai ter de manter a inspeção nos moldes atuais até a aprovação da proposta. Vamos fazer o debate necessário na Câmara mas foi um tema também já muito debatido na campanha." Donato argumentou que o orçamento de 2013 comporta a mudança. O custo para acabar com a taxa da inspeção é estimado em R$ 180 milhões, valor que não consta na previsão de gastos do Executivo.

O futuro secretário criticou o modelo em vigor para a inspeção, criado na capital em 2008. "Precisamos estudar todas as possibilidades. Temos mais de 30% da frota que não é licenciada, portanto não passa pela inspeção. Temos um programa que de fato tem problemas de execução. Se ele for feito de outra maneira, poderemos até dar uma resposta melhor na área do meio ambiente."

Kassab afirmou ontem que o reajuste de 6,9% ocorreu por ser "contratual" e "obrigatório".

Sobre o fato de que a gestão Haddad devolverá o dinheiro para quem fizer a inspeção veicular, Kassab disse que isso foi um "compromisso de campanha" do petista. "É legítimo isso, é um compromisso que ele tem. Acho correto, se essa é sua vontade. É uma decisão política, não é técnica", afirmou.

Transporte

O futuro secretário de Governo também adiantou que o bilhete único mensal (modelo no qual o usuário pagará uma tarifa única e poderá andar de ônibus quantas vezes quiser) será colocado em prática a partir do segundo semestre. "O bilhete único mensal não precisa de aprovação na Câmara. Temos de mudar os validadores dos veículos, fazer as adaptações tecnológicas necessárias", disse Donato.

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