O secretário da Fazenda do Paraná, Luiz Carlos Hauly (PSDB), anunciou no fim da tarde de ontem que irá devolver aos cofres públicos R$ 2.484,00 recebidos como diárias de viagens. Os valores foram repassados ao secretário em função de deslocamentos feitos a Londrina, cidade onde mantém residência, e a Brasília.
Reportagem da Gazeta do Povo revelou ontem que Hauly viajou seis vezes durante o atual governo para Londrina com custos para o estado. Em todas as ocasiões, o secretário passou o fim de semana em sua cidade. Segundo Hauly, as viagens foram feitas a trabalho e, mesmo sendo fim de semana, ele fazia audiências com empresários e prefeitos da região. Em entrevista, o secretário também afirmou que muitas vezes não permanece em Londrina, mas se desloca para outras cidades da região, o que justificaria o recebimento das diárias.
Em nota enviada à imprensa, a assessoria do secretário afirmou que ele fez uma consulta à controladoria do estado sobre a legalidade do recebimento dos valores mas que, mesmo antes disso, resolveu pela devolução do dinheiro. Hauly também diz que vai sugerir ao governo a criação de um ato normativo para regular "situações semelhantes" à sua.
Segundo a nota, "nas situações em que foi depositada diária para pernoite em Londrina, o sistema computa uma diária automaticamente quando é feita requisição da passagem". A assessoria de Hauly diz ainda que duas das diárias que serão devolvidas são referentes a uma viagem para Brasília. "Neste caso, o erro foi administrativo, porque o secretário antecipou a volta e retornou a Curitiba na noite de 2 de maio ele havia embarcado no mesmo dia às 7 horas", diz o texto.
Avião
Até que o governo do estado consiga resolver a situação de suas aeronaves próprias, a orientação do governo passou a ser para que os secretários viagem em voos comerciais, informou o líder do governo Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB).
O governo do estado suspendeu nesta semana a licitação para aluguel de um novo jato. Ao mesmo tempo, o aluguel de um avião e de um helicóptero da Helisul feito no começo do ano, sem licitação, expirou. Além disso, os aviões do governo foram considerados "inservíveis" pela atual administração. Ontem, o governador Beto Richa viajou a Londrina já em um voo comercial da TAM.
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