A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse na tarde desta terça-feira (21) que haverá frustração da base nas nomeações pretendidas para os cargos de segundo e terceiro escalões pelos partidos. Segundo ela, "não tem como trocar tudo (todos os cargos), pois este é um governo de continuidade e não de rompimento. Os ajustes estão sendo debatidos e serão feitos aos poucos". O assunto, segundo ela, está sendo discutido com os ministros das áreas respectivas.
Para Ideli, "existe um volume maior de expectativa pelos cargos" do que o número de cargos. Questionada se o volume de cargos pretendidos é da ordem de 40, a ministra disse "é um pouco maior". E emendou: "Nós não iremos atender a toda a expectativa. Os ajustes serão os absolutamente necessários. Não tem cabimento achar que haverá trocas significativas. Serão meramente ajustes. Este não é um governo de oposição, é de continuidade".
Segundo ela, há pedidos de cargos em diretorias de bancos, no sistema elétrico e na Petrobras. "Se as expectativas não forem atendidas, não podem ser questionadas porque não temos uma ruptura de projeto e os partidos tinham clareza disso", afirmou a ministra.
Ideli informou que a presidente Dilma Rousseff ainda não escolheu o nome do líder do governo no Congresso. Ela insistiu que está recebendo todas as bancadas da Câmara e do Senado. "Acredito que tenhamos decisão em breve, mas não esta semana".
Sobre a possibilidade de as lideranças do PMDB na Câmara não quererem participar da reunião com ela, marcada para a tarde de hoje no Planalto, em resposta à possibilidade de Dilma indicar mais um senador para um posto (Eduardo Braga para a liderança do governo no Congresso), Ideli disse: "Se o PMDB da Câmara e do Senado quiserem vir separados, pra mim, não tem problema".
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode