A ministra Helena Chagas (Comunicação Social) entregou na quinta-feira (30) sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff. O Palácio do Planalto confirmou oficialmente na manhã desta setxa o desligamento. Chagas será substituída pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann. A previsão é que a posse ocorra na próxima segunda-feira.

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"Conforme entendimento anteriormente mantidos, formalizo a V. Exa. meu afastamento do cargo de ministra de Estado - chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República", diz Chagas em sua carta.

"Foi um período de significativas realizações do seu governo, cuja divulgação se deu com todo o entusiasmo e engajamento desta secretaria. O critério da mídia técnica, que herdamos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que soubemos preservar e aprimorar, propiciou a oportuna e equilibrada publicidade governamental de tais ações públicas, trazendo ao cidadão informação clara e objetiva a respeito de seus direitos e das oportunidades que lhe eram impostas", continua.

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A Secom é uma das pastas mais importantes em ano eleitoral por ser responsável por toda a liberação de verbas publicitárias do governo. A presidente optou por nomear um "operador" de mídia que, na definição de pessoas próximas a Dilma, trata-se de alguém que, de um lado, estreite a relação do Planalto com a chamada grande imprensa e, de outro, contemple mais órgãos regionais de comunicação na divisão do bolo publicitário oficial.

Em 2011, Traumann passou a assessorar o então ministro Antonio Palocci na Casa Civil. Com a saída de Palocci do governo, em junho, tornou-se assessor da ministra Helena Chagas.

Aos poucos, ganhou a confiança de Dilma. De assessor, tornou-se em 2012 porta-voz da Presidência, onde ajudou a estruturar o "gabinete digital", ofensiva de Dilma nas redes sociais. Nos bastidores da Secretaria de Comunicação, Traumann protagonizava uma disputa velada com a ministra Helena Chagas nas decisões mais importantes da pasta. Ele e Helena Chagas jamais foram próximos.

A pasta tem autonomia para convocar redes obrigatórias e contratar as agências de publicidade em campanhas institucionais do governo.

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