Atualizado em 27/04/2006 às 19h26
Três pessoas morreram carbonizadas na queda de um helicóptero na Rua do Curtume, na Lapa, ocorrida pouco depois das 14h desta quinta-feira. O avião, que estava a serviço da Eletropaulo, explodiu depois de sofrer uma pane, perder altura e bater contra fios de alta tensão e o telhado de uma empresa. Morreram o piloto da aeronave, modeloJet Ranger, prefixo PTH-OQ, e dois funcionários da Eletropaulo.
Segundo o sargento Ivan Santos Alves, da Polícia Militar, antes de a aeronave bater em fios da rede elétrica e no telhado, o piloto tentou fazer um pouso forçado numa quadra de um condomínio residencial. Mas, ao perceber a presença de crianças, seguiu em frente e acabou perdendo altura e colidindo com os fios e o telhado.Os funcionários da empresa se assustaram, mas ninguém ficou ferido.
A aeronave pertencia à empresa Plana Brasil e ficou completamente destruída. Segundo o sargento da PM, os funcionários da Eletropaulo faziam monitoramento da rede de energia elétrica.
Um pedaço da cauda da aeronave ficou pendurado numa árvore e enroscado em fios da rede elétrica.A Eletropaulo confirmou as informações para a Polícia Militar, mas preservou o nome dos funcionários.
Quatorze viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas para o local, mas foram chamadas depois que o aparelho já tinha explodido. Como a região, conhecida como Lapa de Baixo, é predominantemente industrial, com várias fábricas, os bombeiros atuaram também para evitar risco com o combustível espalhado pela explosão.
Este é o segundo acidente com helicópteros na capital este ano. No dia 3 de março, os irmãos Luiz Otávio de Souza Rocha, de 18 anos, e Oswaldo de Souza Rocha, de 24, morreram quando o helicóptero da família caiu na Alameda Xingu, em Alphaville. O piloto Norbet Engelmeier Júnior sobreviveu. Os dois jovens seguiriam para Ilhabela, no litoral paulista.
A aeronave levantou vôo e em seguida começou a perder altura, batendo em uma árvore e caindo a cerca de 400 metros do heliponto. A aeronave, de prefixo PP MOF, era do modelo Robinson 44, e seria usado para fazer imagens aéreas.
Em novembro de 2005, motoristas que passavam pela Marginal Pinheiros tomaram um susto. Um helicóptero a serviço da rádio Eldorado sofreu pane no ar e fez pouso forçado em plena Marginal Pinheiros. Foi parar debaixo da Ponte Eusébio Matoso, na pista sentido Rodovia Castello Branco. Um carro que passava na pista foi atingido. A aeronave ficou quase 4 horas sob a ponte até ser retirada.
O piloto Celso Siqueira e o repórter Geraldo Nunes tiveram escoriações leves. Segundo relato do repórter à rádio CBN, a correia de transmissão, que liga o motor à hélice da aeronave, rompeu e não houve tempo de chegar a um heliponto da região.
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