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Grupo distribui sacos de farinha e pede CPI do caso Perrella

Cerca de dez manifestantes fizeram um protesto nesta terça-feira (10) dentro do Senado para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o senador Zezé Perrella (PDT-MG). O grupo quer que a comissão apure se o senador tem envolvimento no episódio em que o helicóptero de sua família foi apreendido com 445 kg de pasta base de cocaína.

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O helicóptero de uma empresa da família do senador Zezé Perrella (PDT-MG) esteve no Paraguai um dia antes de ser apreendido no Espírito Santo com 445 kg de pasta-base de cocaína. Houve a prisão em flagrante de quatro pessoas, entre elas o piloto da aeronave. A informação do trajeto do helicóptero foi dada pelo delegado Leonardo Damasceno, segundo reportagem da TV Gazeta, de Vitória (ES).

Responsável pelas investigações, o delegado voltou a afirmar que a família do senador não tem ligações com a droga apreendida.A passagem do helicóptero pelo Paraguai foi identificada pelo aparelho GPS do helicóptero, mas a PF ainda não informou se quem pilotava a aeronave nessa etapa era Rogério Antunes, piloto da empresa da família do senador, a Limeira Agropecuária, dona da aeronave, e também funcionário de confiança na Assembleia Legislativa de Minas Gerais até ser preso. Antunes foi indicado para o cargo na Assembleia pelo deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), filho do senador.

Segundo a PF, o helicóptero chegou com a droga vindo do Paraguai no dia 23 de novembro, um sábado, e aterrissou com a droga em algum lugar do interior de São Paulo --o local é mantido em sigilo. De lá, já sem a carga, a aeronave voou para a capital paulista, onde pernoitou no Campo de Marte. No domingo, o helicóptero voltou a esse lugar no interior paulista para seguir a viagem com a droga.

No depoimento que prestou à PF no dia em que foi preso, o piloto identificou esse lugar como sendo "em frente a Avaré", segundo documento ao qual a reportagem teve acesso. Ele disse que fez o transporte da droga de São Paulo a Afonso Cláudio (ES), onde foi preso, e que teria voado do Campo de Marte até esse local próximo a Avaré (a 270 km de São Paulo).

Carregado, o helicóptero passou por Divinópolis, no centro-oeste de Minas, para abastecer, e seguiu para o Espírito Santo, onde a PF e a Polícia Militar já monitoravam a área em que a aeronave aterrissou. A PF ainda tenta saber quem é o dono da quase meia tonelada de pasta de cocaína. O piloto também isentou seus ex-patrões de envolvimento com a droga apreendida.

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