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Marco Maia evita comentar denúncias

Agência Estado

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), evitou se posicionar sobre as denúncias de suposto uso irregular do mandato pelo deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). "Todos os casos têm que ser analisados, caso a caso. Não há um impedimento que o parlamentar gaste a verba utilizada para seu escritório, onde ele queira gastar. Se isso é feito de forma regular, de forma natural e o serviço foi prestado, não há nenhuma crime", disse o petista.

Maia defendeu a investigação de "qualquer denúncia". "É óbvio que se há uma irregularidade, alguma prática ilegal, precisa de fato ser investigada", afirmou.

Em campanha pela presidência da Câmara, Henrique Alves disse que "fazem parte do jogo" as denúncias de irregularidades que estão sendo feitas contra ele. "Faz parte do jogo e é nosso dever esclarecer esses questionamentos. Não considero acusações. São questionamentos naturais desse processo", disse o deputado, que faz um périplo esta semana por três capitais do Nordeste (Recife Fortaleza e Salvador) para pedir votos para sua eleição, no dia 4 de fevereiro, para a presidência da Câmara.

Principal candidato à presidência da Câmara, o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), minimizou nesta segunda-feira (21) as acusações de irregularidades no uso de sua verba parlamentar e disse que "está tudo muito bem" e que sua "campanha está cada vez melhor".

O peemedebista afirmou que não há nenhuma irregularidade no uso de seus recursos da Casa e que não se sente acusado de nada.

A Folha de S.Paulo revelou que, por meio das emendas parlamentares, verbas indicadas pelo próprio Henrique Alves foram repassadas a uma empresa que tinha como sócio Aluizio Dutra de Almeida, seu então assessor. Dutra deixou o cargo após a reportagem.

Além de emendas parlamentares, a empresa recebeu dinheiro do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), controlado por Alves. Auditoria da Controladoria-Geral da União aponta desvios nos contratos, o que todos negam.

"A campanha esta cada vez melhor", disse após deixar seu gabinete em Brasília e disparar telefonemas a colegas pedindo votos. O líder afirmou que essa avaliação foi feita durante encontro com o vice-presidente Michel Temer durante almoço."Não são acusações, considero questionamentos e que foram esclarecidos", completou.

Alves disse não acreditar que as suspeitas sejam lançadas por um racha interno no PMDB para a disputa pela liderança da legenda que conta com três candidatos.

"Não dou a nenhum parlamentar esse comportamento negativo. Faz parte do clima eleitoral que tem essas questões. Acho que faz parte do jogo e é nosso dever responder, esclarecer. Temos que estudar pautas importantes para esse ano. Está tudo muito bem", afirmou.

Novo apoio

No final da tarde, o peemedebista ganhou o apoio do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) que anunciou sua saída da disputa pelo comando da Câmara.

Sem apoio da direção do PR, Fonseca justificou que é avesso a uma campanha que ocorre em meio ao recesso parlamentar e se coloca à disposição para "cerrar fileiras na jornada eleitoral que escolherá a experiência política como critério para o comando da Casa".

Alves comemorou a adesão. "Acho que é uma coisa importante porque mantém unidade ao PR", afirmou.

Segundo o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), Fonseca percebeu que ficaria sem apoio do partido que fechou com Alves no ano passado. "Nada foi negociado. Ele percebeu que estaria contra o entendimento firmado pelo partido", afirmou.

Portela disse que as acusações contra o peemedebista não desestabilizaram sua campanha. "A candidatura dele está consolidada. Nenhum partido recuou e retirou o apoio".

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), evitou comentar o caso de Alves, mas questionado sobre uma situação eventual de repasse de verbas da Casa para uma empresa que tenha como sócio um assessor de deputado, ele disse que, inicialmente, não há irregularidade se o serviço for prestado.

"Todas as coisas precisam ser investigadas caso a caso, mas não há impedimento para que o parlamentar gaste a verba utilizada para seu escritório onde quiser gastar. Se isto é feito de forma regular, natural e o serviço foi efetivamente prestado não há nenhum crime".

Além de Alves, também estão na disputa os deputados Julio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). A eleição ocorre no dia 4 de fevereiro.

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