O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse nesta quarta-feira (30) que vai fazer um "apelo" para que os líderes da Casa liberem a votação da reforma do Código de Processo Civil.
Segundo Eduardo Alves, o relator, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), deve fazer uma rodada de explicações ao longo do dia sobre dúvidas sobre o tema, o que deve permitir a análise da matéria.
"Vou fazer um apelo aos lideres para votar o CPC [Código de Processo Civil]. Vai ter encontro do relator com líderes partidários que tinham dúvidas, algumas pendências, para que chegue ao plenário na tarde de hoje e possa votar e aprovar ainda hoje", afirmou. O código reúne normas relacionadas à tramitação de todas as ações de direito de família, do trabalho, do consumidor, além de ações de indenização, entre outras. Ele regula procedimentos tais como prazos e recursos cabíveis em processos de natureza civil e a forma como os juízes e as partes devem tratar a ação.
Uma das principais medidas da reforma é a previsão para que as causas sejam julgadas por ordem cronológica, evitando que causas antigas fiquem sem julgamento. Cada juiz terá que ter uma lista pública informando os processos que estão prontos para receber sentença, conforme o texto.
Outro ponto do projeto prevê a criação do chamado instituto de resolução de demandas repetitivas, que estabelece um sistema para que várias ações iguais sejam decididas de uma só vez.
Marco Civil
Eduardo Alves afirmou ainda que na próxima terça-feira a Casa deve realizar uma comissão geral, com um amplo debate sobre o Marco Civil da internet. Ele disse que a expectativa é votar a proposta já na próxima semana.
"É muito importante, é uma tecnologia nova e o Brasil está hoje aí com redes sociais que mobilizam, informam, atualizam rapidamente. O Brasil tem que se modernizar cada vez mais nesse campo. Vamos fazer comissão geral na próxima terça-feira para dizer como todos pensam para evitar que tenha obstrução, não possa votar um tema tão atual como esse", afirmou.
Briga
Questionado sobre a briga entre seguranças e jornalistas ontem no fim da passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Câmara disse que não tem nenhuma nova orientação para a segurança e que lamenta o ocorrido. "Só soube depois do acontecido. Lamentar, mas aconteceu, apenas lamentar".
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink
Deixe sua opinião