O presidente da Assembléia, Hermas Brandão, que também é vice-presidente estadual do PSDB, disse que não vai aceitar interferência "de cima" e já preparou toda a documentação para recorrer à Justiça se a direção nacional do PSDB não aceitar o resultado da convenção. Confiante na vitória do apoio ao PMDB, o deputado disse que qualquer impasse jurídico pode ameaçar as candidaturas do partido. "Se tiver embróglio não tem convenção e não homologa a candidatura de ninguém."
As propostas que serão votadas, segundo ele, são claras, estão registradas e não há como voltar atrás, mesmo que a executiva estadual não concorde com uma delas. Hermas disse que o impasse deve ser resolvido democraticamente e vai acatar o resultado da convenção. Afirmou ainda que está "pronto" para assumir o que a convenção decidir, mas já avisou que não irá fazer campanha para o senador Osmar Dias caso o partido opte pelo apoio informal ao PDT.
Se a convenção decidir transferir a decisão para a executiva estadual, o presidente da Assembléia deve desistir de tentar a vaga no partido para concorrer a senador. A interpretação de Hermas Brandão é de que a tese de apoio a Requião tem maioria entre os convencionais e deve ser vitoriosa. Se a decisão ficar nas mãos da executiva, que tem 12 membros, o resultado tende a ser outro. O partido deve ficar livre, sem coligação. "Na executiva, quem decide é o Beto (Richa)", disse o deputado.
O prefeito de Curitiba, Beto Richa, tem mantido cautela ao comentar o rumo que o partido deve tomar. Só tem declarado que o PSDB deveria chegar a um consenso para evitar uma disputa interna. (KC)
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