Sentado novamente no banco dos réus pela acusação de ter ordenado o assassinato do soldado do Corpo de Bombeiros Sebastião Crispim, em setembro 1997, o ex-deputado Hildebrando Pascoal (AC), também acusado de chefiar um grupo de extermínio responsável pela morte de 40 pessoas, falou por cerca de quatro horas, tentando se defender da acusação. Diante dos jurados, disse ser um "preso político", chorou e insistiu que há um complô contra ele.
- A revolta é grande. Sou inocente, não transgredi a ordem, me insurgi contra atos do Poder Judiciário e do Ministério Público, por isso perdi minha vida. Não sou criminoso, sou vítima de uma conspiração - disse aos jurados.
O julgamento começou na manhã desta segunda-feira e a sentença só de sair na quarta-feira. Hildebrando está preso desde 1999, no Acre, e em março do ano foi condenado por homicídio triplamente qualificado a 25 anos e 6 meses de prisão. Ele foi acusado de mandar matar o policial Walter Ayala.
O bombeiro Sebastião Crispim iria testemunhar contra Hildebrando, mas foi morto antes disso. O Ministério Público Federal defende a tese de que Crispim foi assassinado por queima de arquivo. O soldado assassinado teria feito parte do chamado esquadrão da morte que atuaria no Acre, sob o comando do ex-deputado. A defesa alega inocência e diz que não há provas do crime.
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