Movimento estudantil
José Dirceu é graduado em Direito e pós-graduado em Economia pela Pontífica Universidade de São Paulo (PUC-SP). Iniciou sua militância política durante a faculdade, em 1965, fazendo parte do Diretório Central dos Estudantes. No ano seguinte tornou-se membro da "Ala Marighella", grupo armado revolucionário ligado ao Partido Comunista Brasileiro.
A prisão
Foi preso em 12 de outubro de 1968, durante o XXX Congresso da União Nacional de Estudantes, em Ibiúna, no interior de São Paulo. Um ano depois, estava entre os prisioneiros soltos em troca do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick seqüestrado pelo grupo de marxistas revolucionários chamado MR8.
O exílio
Depois de libertado, com a nacionalidade cassada, Dirceu viajou para Cuba, onde trabalhou, estudou e recebeu treinamento militar. Fez também uma cirurgia plástica no nariz para alterar sua aparência.
Clandestino no Paraná
Dirceu retornou ao Brasil em 1975, com o nome falso de Carlos Henrique Gouveia de Mello. Foi morar clandestinamente em Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, onde casou-se e teve um filho.
O PT
No final de 1979, beneficiado pela Lei da Anistia, José Dirceu deixa sua mulher e volta a São Paulo para ser um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de trabalhar seis anos como assessor político, foi eleito deputado estadual em São Paulo, em 1986. Na campanha presidencial de Lula, em 1989, foi um dos coordenadores políticos. Em 1994, foi o terceiro colocado na disputa pelo governo do estado de São Paulo. No ano seguinte, sucedeu Lula na presidência do PT. Foi reeleito em 1997, 1999 e 2001.
O poder
Em 2002, José Dirceu foi o coordenador-geral da campanha de Lula para a Presidência. Com a chegada de Lula e o PT ao poder, Dirceu foi nomeado ministro da Casa Civil.
A crise
Ficou no cargo de ministro até 16 de junho de 2005, quando voltou à Câmara dos Deputados envolto a uma crise política que surgiu depois de denúncias de corrupção nos Correios. Acusado pelo deputado Roberto Jefferson como sendo o chefe do suposto mensalão (compra ilegal de votos de parlamentares), teve início um processo de cassação do seu mandato.
A cassação
No dia 1.º de dezembro de 2005, pelo placar de 293 votos a favor a 192 contra, José Dirceu teve seu mandato cassado pelos colegas parlamentares, acusado de quebra de decoro parlamentar.
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