• Carregando...
 | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

O Exército brasileiro está reescrevendo sua história. Em maio deste ano, a seção de fatos históricos do site do Exército foi duramente criticada por defender o golpe de 1964. Seis meses depois, a página encontra-se fora do ar. Segundo diz o texto, está "em atualização". O texto colocado no ar anteriormente dizia que a derrubada de João Goulart da Presidência havia sido uma "opção pela democracia". "Eufórico, o povo vibrou nas ruas com a prevalência da democracia", dizia a página. O capítulo era intitulado Antecedentes e Revolução Democrática de 1964. O texto também afirmava que "os recentes fatos da história contemporânea demonstraram que o povo brasileiro estava certo quando, na década de 60, optou pela democracia". Tudo indica que alguém determinou uma mudança no site. A página está fora do ar desde setembro. Quando voltará, não se diz. Muito menos o que estará escrito nela.

* * * * *

Conversa afiada

Gleisi Hoffmann, senadora eleita.

Como a senhora viu a ideia da presidente Dilma de ter mulheres no comando de um terço dos ministérios?

É muito legal. Ela está cumprindo com o que disse no primeiro discurso depois de eleita, quando disse que ia honrar as mulheres.

Há críticas de gente que diz que o mais importante não é ser mulher, mas ser o mais preparado para a função.

Tivemos discriminação muito forte contra as mulheres. É por isso que temos menos mulheres preparadas hoje para ocupar esses cargos. Mas as que estão hoje aí só precisaram de oportunidade para mostrar sua competência.

Já disseram que a senhora pode ser uma dessas mulheres no ministério...

Pois é. Falaram até que eu podia ir para o Planejamento. Olhei para o Paulo [Bernardo, ministro do Planejamento e marido da senadora] e falei: "Vai limpando sua mesa!" Mas eu vou ser senadora mesmo.

Se for convidada, a senhora recusa?

A minha preferência é por ser senadora.

* * * *

O popular

O presidente Lula explicou ontem, durante aula de abertura da Universidade Aberta do Brasil, em Moçambique, como, segundo ele, conseguiu manter a alta popularidade no fim de seu mandato. "Não pensem que o presidente Lula tem muita popularidade porque fica no gabinete lendo o jornal e conversando com jornalista. A minha popularidade é resultado do meu trabalho, de viajar, de conversar com o povo, de não ter medo de discutir qualquer assunto, em qualquer momento."

Lógica

A bancada petista da Assembleia se reuniu ontem pela manhã para discutir a postura do partido na próxima legislatura. "O PT quer a modernização da Casa", disse o líder do partido, Ênio Verri. Diante do clima de especulação em torno dos novos componentes da Mesa Diretora , Verri disse que todo o barulho poderia ser evitado se a PEC da Transparência tivesse sido aprovada. "A lógica diz que a maior bancada deveria fazer o presidente, a segunda bancada o primeiro-secretário, e assim sucessivamente".

Consenso

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB) negou que lidere um grupo de seu partido que esteja trabalhando nos bastidores para dificultar a eleição do deputado Valdir Rossoni à presidência da Assembleia. "O PMDB está negociando. Não estamos criando dificuldades. Nosso partido não veta nenhum nome, mas também não aceita veto. Esperamos formar uma chapa de consenso", disse Romanelli.

* * * * * *

Pinga-fogo

"Uma asnática entrevista de Paulo Bernardo dizendo que o papel do governador é mendigar favores dos ministro da república. Terrível."

Roberto Requião, no Twitter, encerrando a trégua dada ao ministro Paulo Bernardo durante o período eleitoral.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]