O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), relator do processo de análise das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, comparou a pressão que enfrentou nos últimos meses com a experiência vivida pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa. Ele foi o presidente do STF durante o julgamento do processo do “mensalão” e se aposentou no ano passado.
- TCU recomenda ao Congresso rejeição de contas de Dilma de 2014
Nardes afastou a possibilidade de aposentadoria, mas disse compreender “exatamente” o que viveu Barbosa. “Entendo porque o Joaquim Barbosa se aposentou. É um momento muito tenso. Recebi pressão muito forte”, disse Nardes, logo após a sessão do TCU que rejeitou, de forma unânime, as contas do governo Dilma Rousseff.
O relator voltou a mencionar as ameaças que passou a receber por e-mail e telefones. Ele também contou uma história “pitoresca”, segundo suas palavras. “No Rio de Janeiro, fui assaltado por um homem que estava em uma bicicleta. Ele passou pedalando e rasgou a minha camisa enquanto me roubava”, disse ele, apesar de não vincular este episódio às ameaças.
Nardes disse que passou a contar com o apoio de seguranças do próprio tribunal. “Foi um momento muito difícil para mim, tive que me locomover nesses últimos meses, passei a andar com segurança em toda parte”, disse ele.
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