O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Alagoas está investigando a denúncia de que um médico teria esquecido um bisturi dentro do corpo do motorista Carlos Alexandre da Rocha, depois de tê-lo operado no Hospital Regional de Delmiro Gouveia, em Maceió. A cirurgia no tórax aconteceu em 1997.
Há dois anos, o motorista voltou a sentir dores no local da operação. Depois de ir ao médico reclamando de incômodo na região do ombro, foi submetido a exames de tomografia e descobriu que a lâmina de um bisturi foi deixada na altura do pulmão esquerdo.
O médico responsável pela cirurgia é João Alexandrino Filho. Ele reside em Rondônia, de onde confirmou ter feito a operação e ter sido informado sobre o bisturi. Alexandrino explicou que a lâmina deve ter sido guardada em um chumaço de gaze e admitiu que deveria ter cobrado mais responsabilidade de sua equipe. Ele também disse que o CRM pode ficar à vontade para julgá-lo.
Apesar de investigar a denúncia, a direção do CRM informou que é responsável apenas por punições ao exercício profissional. O conselho não pode obrigar o médico a fazer a retirada do bisturi, mas disse que pode pedir a ele ou qualquer outro médico que faça a remoção da lâmina.
Ao saber do caso de Rocha, o defensor público Ricardo Melro marcou uma audiência para recebê-lo e informou que vai entrar com uma ação contra o estado, já que a cirurgia foi realizada em uma unidade pública de saúde. Melro afirma que é possível obrigar o estado a custear a operação de retirada do bisturi em um hospital particular.
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