O diretor afastado da Eletrobras Valter Cardeal também foi alvo da Operação Pripyat, deflagrada na manhã desta quarta-feira (6), no Rio e em Porto Alegre. Considerado homem forte da presidente afastada Dilma Rousseff no setor elétrico, Cardeal foi conduzido coercitivamente a depor pela Polícia Federal (PF).
De acordo com as investigações, ele teve um papel ainda não devidamente esclarecido na negociação de descontos sobre o valor da obra de montagem eletromecânica da usina de Angra 3, com posterior pedido e pagamento de propina no âmbito dos núcleos político e administrativo da organização. A informação foi confirmada por delatores em seus depoimentos.
Cardeal foi afastado da diretoria da Eletrobras em julho do ano passado, em função das revelações dos primeiros trechos da delação premiada de Ricardo Pessoa da UTC.
A operação desta quarta é a estreia da força-tarefa da Lava Jato no Rio e apura, sobretudo, desvios de recursos nas obras da usina de Angra 3. Outro alvo da ação é o atual presidente da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, afastado por ordem judicial. Não há mandado de prisão contra ele.
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