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Cerca de 750 integrantes de movimentos de sem-teto bloquearam três rodovias de acesso à capital na manhã desta quarta-feira. Raposo Tavares, Castello Branco e Régis Bittencourt tiveram o tráfego interditado e os motoristas enfrentraram congestionamentos nos dois sentidos.

A maior manifestação foi feita na Rodovia Raposo Tavares, em frente a Granja Viana, em Cotia. A interdição durou uma hora e meia. Cerca de 500 manifestantes bloquearam a via e colocaram fogo em pneus. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, um homem, numa perua Blazer, teria se apresentado como delegado e conseguido furar o bloqueio. Em seguida, disparou três tiros. Três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas a um hospital da região.

Na Rodovia Régis Bittencourt, cerca de 200 pessoas bloquearam as pistas na altura de Taboão da Serra. Na Rodovia Castello Branco o grupo era formado por cerca de 50 manifestantes e a ocupação ocorreu na altura de Barueri. A Polícia Rodoviária conseguiu levar os manifestantes para o acostamento, liberando duas faixas. A terceira faixa só foi liberada por volta das 11h e o congestionamento ultrapassou 4 quilômetros.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MSTC) asssumiu em nota a realização do protesto, que a Polícia Rodoviária estadual chegou a atribuir ao Movimento dos Sem-terra.

Os sem-teto são a versão urbana dos sem-terra. Assim como os sem-terra pedem a desapropriação de áreas improdutivas para a reforma agrária, os sem-teto pedem a desapropriação de áreas urbanas e prédios desocupados para construção de moradias populares.

Segundo o MTST, 3 mil famílias acampadas em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, estão sob ameaça de ter de desocupar a área no dia 7 de maio, apesar de terem firmado acordo com os governos estadual e federal para que fossem viabilizadas moradias definitivas para o grupo.

- Não temos garantias de que o acordo sairá do papel e se tornará realidade - diz a nota.

O MSTC afirmou que o objetivo é chamar atenção para a ausência de políticas sociais que garantam os direitos da população pobre e que cumpram a Constituição do país. Na nota, é citado o Artigo 6° da Constituição: 'São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição'.

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