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Um homem matou a mulher e dois filhos durante um acesso de fúria na madrugada desta terça-feira. Segundo vizinhos, Zelito Jesus de Araújo, de 42 anos, sofria de problemas psiquiátricos, tomava remédios controlados e havia discutido com a mulher antes do crime.

- Disseram que ele já havia sido internado algumas vezes e, em uma delas, teria fugido do hospital - contou o capitão Gérson, da Polícia Militar.

Zelito matou a mulher, Maria do Socorro Barbosa Branco, 43 anos, a marteladas, assim como filhos Lucas, de 8 anos, e Gênesis, de 9 anos. O bar que a família tinha na frente à casa onde morava, no bairro Pedreira, na zona sul de São Paulo, também foi destruído pela fúria de Zelito. Segundo o investigador Rocco, do 98º Distrito Policial (Jardim Mirian), o homem saiu dando marteladas e danificou cerca de 20 carros que estavam estacionados nas ruas dos Dourados e dos Apiaris. Vizinhos tentaram contê-lo, mas não conseguiram.

A PM foi chamada e tentou negociar a rendição de Zelito, mas ele, enfurecido, ainda destruiu duas viaturas policiais com o martelo. No momento em que partiu para cima de um policial militar, acabou morto.

O caso foi registrado no 98º Distrito Policial, onde apenas donos de 17 carros destruídos haviam comparecido para registrar boletim de ocorrência até às 9h.

Vizinhos e parentes das vítimas passaram a manhã em frente à casa, com uma mistura de choque e revolta.

O crime aconteceu por volta de 3h da madrugada. Primeiro ele matou a família, depois saiu pelas ruas do bairro, e com o mesmo martelo, quebrou os vidros dos carros estacionados. Automóveis, peruas e um microônibus foram atingidos.

Parentes contaram que as agressões à mulher eram freqüentes.

- Várias vezes ela chegava na casa da minha mãe, de madrugada, falando que ele tirava ela da cama agredindo - conta Maria Barbosa Ricardo, irmã da vítima.

Uma vizinha conta que, nesta segunda-feira, poucas horas antes do crime, Maria do Socorro havia feito mais uma tentativa de ajudar no tratamento do marido.

- Quando ela passou, ela estava vindo com a ambulância para fazer a internação dele. A gente nunca pensa que vai acontecer, é um vizinho da gente, é igual à nossa família, a gente não espera nada disso - afirma Maria Aparecida, vizinha da vítima.

A polícia apreendeu, na casa da família, receitas e remédios de uso controlado.

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