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Atualizado em 08/11/2006, às 15h15

Em depoimento na CPI dos Sanguessugas, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa negou qualquer irregularidade no pagamento de restos a pagar no valor de R$ 8 milhões, durante sua gestão, à Planam, empresa acusada de chefiar o esquema de venda superfaturada de ambulâncias, também conhecido como máfia dos sanguessugas. O ex-ministro disse que não houve beneficiamento da empresa, e que tinha obrigação de fazer o pagamento porque isso está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

- Não houve nenhum tipo de beneficiamento a essa empresa, como se tentou estabelecer. Eu não tinha poder discricionário sobre o pagamento dessa empresa - afirmou Costa.

Costa admitiu que se encontrou com o empresário Luiz Antônio Vedoin, dono da Planam, que teria sido levado pelo então deputado Benedito Domingos (PP), ex-vice-governador do Distrito Federal. Disse que não sabia quem era Vedoin, mas defendeu o pagamento feito pelo ministério à Planam porque a empresa se enquadraria em todos os critérios previstos nos contratos.

Saraiva Felipe

A CPI ouve em seguida Saraiva Felipe(PMDB-MG), também ex-ministro de Lula, e deputado federal reeleito.Contra ele pesa a acusação de ter ajudado a agilizar os processos da Planam no ministério e destinado verbas extra-orçamentárias da Saúde para a compra de ambulâncias via Planam. Vedoin informou, em depoimentos, que Felipe e Maria da Penha Lino, considerada o apêndice dos Vedoin no ministério, eram amigos. Apesar disso, o ex-ministro nega a suposta amizade:

- Não era amigo (de Maria da Penha). A conhecia há mais de dez anos. A indicação foi feita como muitas outras que fiz no ministério: acatando indicação do deputado Wilson Santiago (PMDB-PB), que chancelou o pedido do deputado José Divino (PMR-RJ) - afirmou Saraiva Felipe.

O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), explicou que outro episódio, o da tentativa de compra de um dossiê contra candidatos tucanos será investigado, mas com cuidado para evitar que uma eventual politização do assunto contamine o restante dos trabalhos.

Barjas Negri

Na terça-feira, a CPI ouviu Barjas Negri (PSDB), ex-ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique, e atualmente prefeito de Piracicaba (SP).

No início de seu depoimento, Barjas Negridisse que não tinha ligação com os sanguessugas nem se beneficiou do esquema montado pela Planam, empresa da família Vedoin. O ex-ministro tucano explicou ainda que todas as ambulâncias foram adquiridas a partir de emendas de deputados.

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