Indiciado em inquérito na Polícia Federal junto com outras 40 pessoas por crime de formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitação, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa autorizou nesta sexta-feira a quebra de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico. Ele disse que a iniciativa é para mostrar sua inocência no inquérito que investiga a máfia dos vampiros, quadrilha que superfaturava e fraudava licitações no ramo de hemoderivados distribuídos à rede pública pelo Ministério da Saúde.
Humberto Costa disse foi autor da denúncia e por isso acho estranho ter passado à condição de acusador a acusado.
A Máfia do Sangue, como foi batizada a quadrilha, começou a ser investigada pela PF em março de 2003. De acordo com a polícia, as irregularidades se arrastam desde o início dos anos 90.
Segundo o Ministério Público, servidores da Saúde cooptados pela quadrilha eram designados para assumir postos estratégicos e facilitavam fraudes nas concorrências em troca de propina. As negociatas eram intermediadas por lobistas ligados a políticos. Na Operação Vampiro, deflagrada para desarticular o grupo, 17 pessoas chegaram a ser presas, e 25 servidores do Ministério da Saúde foram afastados ou exonerados.
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