Rio e São Paulo (AG/Folhapress) Duas pesquisas de opinião divulgadas ontem à noite dão vitória para o não no referendo sobre a proibição do comércio de armas e munição no país. No Ibope, o "não" cresceu, em uma semana, de 49% para 51%, enquanto a opção pelo "sim" caiu de 45% para 41%.
No Datafolha, o "não à proibição tem 57% das intenções de voto, enquanto o "sim conta com 43%. A margem de erro das duas pesquisas é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
O Datafolha, que ouviu 2.086 pessoas entre as últimas quinta e sexta-feira, em 151 municípios de todo o país, aponta uma completa virada em relação ao apurado três meses atrás, quando o instituto apontava que oito em cada dez brasileiros defendiam o "sim ao veto à venda de armas e munição.
A pesquisa mostra que 81% dos entrevistados da Região Sul devem votar no "não, enquanto 19% votam no "sim. Já no Nordeste, o "sim vence o "não por 53% a 47%.
O Ibope, que ouviu 2.002 eleitores entre os dias 18 e 20 de outubro, mostra que o número de votos em branco, nulos e de indecisos cresceu de 6% para 8%, entre a pesquisa divulgada no dia 14 e a de ontem. Se forem levados em consideração apenas os votos válidos, o "não" chega a 55% e o "sim", a 45% das intenções de voto.
Participação
Do total de entrevistados pelo Ibope, 93% disseram que vão votar domingo e 92% declararam acompanhar o horário gratuito de rádio e televisão, encerrado na quinta-feira. Dos 1.846 que disseram ter visto os programas, 14% afirmaram ter mudado de opinião e 84% mantiveram a intenção de voto inicial o restante não opinou.
Pela pesquisa do Ibope, as mulheres foram mais influenciadas pelas campanhas das Frentes Parlamentares por um Brasil sem Armas e pelo Direito da Legítima Defesa: 15% delas trocaram de voto, enquanto 12% dos homens mudaram de opinião. Entre as faixas etárias, a oscilação maior ocorreu entre os jovens 18% repensaram o voto.
Entre os que declaram votar "não", 15% mudaram de voto. Para os que disseram votar "sim", a alteração foi de 11%. Entre os entrevistados indecisos, a mudança foi da ordem de 20%.
O "não" cresceu principalmente entre os homens e no Rio Grande do Sul.
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