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Manifestantes fizeram protestos em Curitiba na semana passada pedindo o veto de Dilma | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Manifestantes fizeram protestos em Curitiba na semana passada pedindo o veto de Dilma| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Com a proximidade da sexta-feira, prazo final para a decisão sobre o que o Planalto vai fazer com o Código Florestal, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reiterou ontem que a presidente Dilma Rousseff vai vetar parte do texto aprovado na Câmara dos Deputados.

"Vai ter veto e o prazo é dia 25. Vai ter veto e qual é? Ela é que sabe", disse Ideli, apontando para a presidente Dilma Rousseff. Ambas participaram da cerimônia de assinatura da ordem de serviço da Ponte de Cabeçuda, em Laguna (SC), município a 120 quilômetros de Florianópolis.

O Código Florestal virou uma dor de cabeça para o governo, que preferia a versão aprovada pelo Senado Federal, considerada mais equilibrada entre as reivindicações de ambientalistas e ruralistas. Nas redes sociais, ganha força a campanha "Veta, Dilma", para que a presidente vete todo o texto. Setores ligados ao agrobusiness, no entanto, pedem a sanção sem vetos.

A principal preocupação da presidente é o artigo que trata da recuperação das margens dos rios, mas a expectativa é de que outros trechos também sejam vetados. Com as modificações da Câmara, foram poupados muitos produtores que possuem terras cortadas por cursos d’água.

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A presidente deve vetar de 12 a 14 artigos do novo código, segundo o ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc. De acordo com ele, Dilma deverá apresentar uma medida provisória (MP) para cobrir os artigos barrados. "O que ainda está sendo estudado é a extensão do veto e os termos da MP", disse Minc.

A estratégia da presidente Dilma, de acordo com ele, será aproveitar o texto aprovado pelo Senado. Desta forma, explica Minc, a presidente conseguiria apoio para que seus vetos não sejam derrubados.

Força-tarefa

Durante todo o fim de semana, Dilma esteve reunida com os ministros Izabela Teixeira (Meio Ambiente), Mendes Ribeiro (Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário Gleisi Hoffman (Casa Civil) e Luis Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) no Palácio da Alvorada para tratar do assunto.

De acordo com ministros presentes no encontro, as discussões foram "muito técnicas", com revisão de todos os itens do projeto, um a um. Hoje, Dilma deve se reunir mais uma vez com a ministra do Meio Ambiente para tratar do tema.

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