Em defesa da realização do plebiscito sobre a reforma política, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) disse nesta terça-feira (2) que o Congresso deve realizar a consulta popular porque os brasileiros têm direito de definir a forma de escolha de seus representantes. Apesar de reconhecer que cabe ao Legislativo definir sobre o plebiscito, Ideli disse que a consulta é uma resposta à "crise de representatividade" instalada no país.

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"É muito importante que esta população seja ouvida, inclusive anteriormente às votações. Por isso a sugestão da presidente veio no plebiscito. Na democracia, se respeita os poderes instituídos e a nossa Constituição Federal estabelece de forma muito clara que quem tem prerrogativa de convocar plebiscito é o Congresso", disse ela.

A ministra afirmou que, para a presidente Dilma Rousseff, a população quer ser ouvida sobre a forma de "ser representada", por isso a necessidade do plebiscito. "Esse é o mecanismo, ouvir temas centrais para balizar a tão ansiada reforma política que há décadas não se consegue fazer no Congresso."

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Mesmo diante da resistência de aliados, o governo federal encaminhou ao Congresso hoje a mensagem para o plebiscito da reforma política com temas polêmicos, que dividem e trazem desgaste aos parlamentares.

A lista de sugestões de Dilma Rousseff para a consulta popular inclui financiamento de campanha (público, privado ou misto), o tipo de sistema eleitoral com voto proporcional ou distrital, o fim das coligações partidárias, o fim da suplência de senador e também o fim do voto secreto no Congresso.